O meu ponto de vista

Junho 30 2020

Existem momentos na vida de uma pessoa, os quais só quem os vive sabe devidamente apreciá-los. São dias, semanas, por vezes meses, em que a vida parece suspensa. Tudo sabe a pouco, muito e/ou mesmo nada. Não se caminha autonomamente, é-se conduzido qual co-piloto ou pendura, quase sem vontade própria. No fundo, atreveria a dizer que não se vive, sobrevive-se apenas.

Como se consegue ultrapassar tal estado? Não vale a pena aludir àquela frase chavão, apesar de verdadeira, i.e., fazendo das tripas coração, mas sim com a ajuda do Altíssimo, isto para os crentes. Para os restantes, o recurso a forças positivas, a karma radioso ou a forças yin vs yang, com toda certeza que ajudam.

Perguntarão: e a família e os amigos? Primeiro há família e família, tal como existem amigos e amigos. Nem todos os familiares são determinantes, o mesmo se passando com os amigos. Como se costuma dizer, familiares e amigos conhecidos há muitos, confiantes há poucos. Mais: existem aqueles que apenas respiram para sugar o esforço alheio e, ainda por cima, falar mal.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:08

Junho 27 2020

É politicamente correcto não falar sobre os rankins e, se porventura, ousar discorrer sobre tal o mais acertado é desvalorizar. Aliás, o melhor é dizer mal e pululam por aí mil e um argumentos que, para este fim, se podem aproveitar. Desde os dirigentes sindicais, passando pelos governantes, sem esquecer aqueles que se encontram mal ou muito mal posicionados nos ditos cujos, todos apresentam teorias e factos, uns com princípio, meio e fim outros mal amanhados, para contrariar o interesse do público.

Ao exposto anteriormente unicamente escapam os que se encontram nos lugares cimeiros. Vejam-se as declarações dos directores destas escolas a perorar sobre o porquê de tão bons resultados. Este ano serviu para elaborar este mini-ranking bairradino os dados colhidos em (https://observador.pt/interativo/ranking-das-escolas-veja-em-que-lugar-ficou-a-sua/).

Relativamente aos dados, eles falam por si. Apenas uma questão: escolas existem que vão de queda em queda até gloriosamente alcançarem, um dia destes, os últimos lugares. Depois é só inverter a tabela. Construir é difícil. Fácil é o contrário.

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publicado por Hernani de J. Pereira às 21:03

Junho 24 2020

Gosto e procurei sempre alcançar maiorias, mas detesto unanimidades. Sou dos pensam que quando estamos todos a rumar para o mesmo lado, não iremos a bom porto, por muito que a rapidez imprimida à travessia seja substancialmente maior. A “carneirada” jamais foi o meu forte. Adoro divergências, desde que não sejam fracturantes.

Todavia, na actual conjuntura, parece haver conformidade quase absoluta entre o governo e o Presidente da República (PR). Imensas vezes Marcelo Rebelo de Sousa faz de primeiro-ministro e vice-versa. Aliás, a propósito do que parece uma nova vaga da pandemia, ainda hoje o PR parecia o chefe do executivo, tal era a ênfase colocada na defesa da posição governamental.

Ora, quando numa democracia não existem pesos e contrapesos algo vai mal. Quem acabará por ganhar são os extremos. É dos livros e não há como fugir-lhe. Bem sei que Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que tem o PSD no bolso, quer fazer quase o pleno nas próximas eleições presidenciais, abarcando, por isso, também o PS. Arrisca-se, porém, a ver o Chega! e o BE crescerem para além da sua legítima representatividade, já que muitas pessoas existem que não se reveem neste novo centrão.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:02

Junho 24 2020

Gosto e procurei sempre alcançar maiorias, mas detesto unanimidades. Sou dos pensam que quando estamos todos a rumar para o mesmo lado, não iremos a bom porto, por muito que a rapidez imprimida à travessia seja substancialmente maior. A “carneirada” jamais foi o meu forte. Adoro divergências, desde que não sejam fracturantes.

Todavia, na actual conjuntura, parece haver conformidade quase absoluta entre o governo e o Presidente da República (PR). Imensas vezes Marcelo Rebelo de Sousa faz de primeiro-ministro e vice-versa. Aliás, a propósito do que parece uma nova vaga da pandemia, o PR parecia o chefe do executivo, tal era a ênfase colocada na defesa da posição governamental.

Ora, quando numa democracia não existem pesos e contrapesos algo vai mal. Quem acabará por ganhar são os extremos. É dos livros e não há como fugir-lhe. Bem sei que Marcelo Rebelo de Sousa, uma vez que tem o PSD no bolso, quer fazer quase o pleno nas próximas eleições presidenciais, abarcando, por isso, também o PS. Arrisca-se, porém, a ver o Chega! e o BE crescerem para além da sua legítima representatividade, já que muitas pessoas existem que não se reveem neste novo centrão.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:58

Junho 23 2020

Somos assim. Está na nossa massa de sangue. Passamos de oito para oitenta num ápice. Todavia, é bom que se diga que somos melhor no respeitante ao oito, i.e., quando estamos sem fazer a ponta de um chavelho. Entrámos em desconfinamento no que respeita à Covid-19 e, sobretudo, na zona de Lisboa em vez de ser um pouco mais à vontade passou para à vontadinha. Resultado, passámos, a nível da EU, de bom aluno a desastre completo, com barramento de entrada de portugueses na maioria dos países.

A maioria dos hospitais da zona de Lisboa está quase em saturação máxima no que concerne à recepção de doentes da Covid-19. Um dia destes Coimbra e Porto receberão doentes da capital, uma vez que o desvario não tem fim.

Contudo, o estabelecimento de uma cerca sanitária em Lisboa está fora de causa, no dizer do presidente da sua CM e do primeiro-ministro. Pudera! Estabelecer tal medida em Ovar é fácil. Em Lisboa é outra coisa. É necessário tê-los no sítio, coisa que os nossos governantes já provaram à saciedade não ter.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:47

Junho 20 2020

Flor tardia de um cacto do meu jardim.

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publicado por Hernani de J. Pereira às 20:53

Junho 18 2020

Em 15 de Abril p.p. o JN noticiou que o governo francês se preparava para dar até 1500 euros aos profissionais de saúde. Pelo seu lado, a Alemanha, de acordo com o Expresso de 11 de Abril, afirmava que ia aumentar a remuneração dos trabalhadores do sector da saúde. A luta contra a pandemia do Covid-19 a isso os obrigava.
Em Portugal, ontem, numa cerimónia patética, transmitida a partir do Palácio de Belém, António Costa afirmou, a propósito da final da Champions a realizar-se brevemente em Lisboa, que se trata de “um prémio aos profissionais de saúde”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:27

Junho 13 2020

Todos sabemos que a História pode ser escrita e reescrita vezes sem conta e o seu “som”, muda conforme as circunstâncias, sejam elas de lugar ou de modo. O que é incontornável são os factos. Por isso, a História é lida de diversos modos de acordo com a descoberta, omissão ou deformação dos mesmos. Todos nos lembramos da adulteração da “história” através das fotos durante o regime estalinista: o governo soviético apagou algumas figuras que expurgou da sua narrativa, e tomou medidas que incluíam falsificação e alterações de imagens, destruindo filmes, e em casos mais extremos, matando famílias inteiras. Aliás, acusam-se as autoridades da antiga União Soviética, de praticar modificações e adulterações de fotografias com objectivo de propaganda do regime e "reescrever o passado”.

Ora, esta questão da escravatura, que hoje domino os media, não é nova. Surge e ressurge, havendo sempre um traço comum: o reescrever da vida. Não digo que no passado não tenhamos sido esclavagistas e que alguns, para além de lucros extraordinários, muito fizeram sofrer aqueles que, por terem cor de pele diferente, não eram sequer considerados como humanos. Igualmente não nego que haja no Portugal contemporâneo racistas. Há e sempre haverá, infelizmente. Todavia, o racismo não é um conceito unívoco. Eu próprio senti, em tempos longínquos, o racismo negro, i.e., o sentimento nutrido por negros, expressado muitas vezes de forma mais ou menos violenta, de que jamais um branco se deveria aproximar de alguém negro.

Por outro lado, é ou não verdade que a escravatura já existia em África antes desta ter sido “descoberta” pelos europeus? Claro que isto não desculpa a exploração de tal ignomínia, bem pelo contrário, uma vez que deveriam ser os primeiros a pôr cobro à mesma. Mas, isso é a leitura aos olhos de hoje. Tal como não se pode ler a Bíblia literalmente, ou seja, à luz do pensamento do século XXI, também não se deve julgar aqueles à luz da filosofia presente. Mais: daqui a 200 ou 300 anos como seremos julgados, mesmo aqueles que se acham na frente dos mais dignos e justos direitos do homem?

Por último, não vejo ninguém indignar-se e muito menos marchar contra as atrocidades cometidas hoje-em-dia em muitas tribos de Saara e do norte de África, onde se pratica ainda a escravatura.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:11

Junho 09 2020

Afinal também melhores, segundo alguns, abandonam o barco. O “Ronaldo das Finanças", vulgo Mário Centeno, demitiu-se. Depois dos elogios bacocos, levado ao colo por insistentes apoiantes, admitido por outros como obrigados a engolir autênticos sapos vivos – leia-se PCP e BE -, o certo é que se cansou de ultimamente levar pontapés e, sobretudo, chapadas daqueles que em tempos recentes o levavam aos píncaros.

Demagogia pura. Governou, de acordo com os apaniguados cor-de-rosa, muito bem. Todavia recordamos que foi em tempos de vacas gordas. Quando o cinto começa a apertar – a Covid-19 oblige – sai de cena.

Hoje, aquando da despedida, foi patética a cena. Todos os intervenientes – antigo e novo ministro das finanças, bem como o primeiro-ministro – limitaram-se a ler os papéis que, antecipadamente, alguém lhes tinha escrito, não fosse a boca fugir-lhes para a verdade. Foi, sem dúvida, um perfeito acto de hipocrisia, o qual ficou bem patente nos elogios mútuos, quando todos estavam com amargos de boca bem visíveis.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:35

Junho 08 2020

Comemorações do 25 de Abril com quase 200 pessoas? Sim. E então? A esquerda quer, pode e manda. Todas as outras pessoas não puderam sequer sair das suas casa já que vivíamos em tempos de emergência.

Manifestação do 1º de Maio? Sim. E não houve problema algum já que foi promovido pela bendita CGTP-In. Claro que o 13 de Maio, em Fátima, jamais poderia ter ocorrido uma vez que os cristãos, relativamente ao novo coronavírus, são todos sintomáticos, enquanto os militantes daquela central sindical são completamente imunes. Todos sabemos que a ideologia marxista-leninista é um autêntico antídoto contra qualquer doença.

Espectáculo de Bruno Nogueira no Campo Pequeno, com cerca de 2000 pessoas, incluindo vergonhosamente com a presença do PM e do PR? Sim. E qual a dúvida? Todos os espectadores eram da mais fina elite e, por isso, jamais se podem comparar com os que gostam de touradas ou de outros eventos ainda interditos.

Manifestações contra o racismo? Sim e venham muitas. Aliás, pouco importa o distanciamento social, tanto mais que, quando estão em causa valores tão elevados, não à Covid-19 que resista. Procissões religiosas? Isso é que era bom. Era a continuação do alastrar desmesurado da pandemia que tanto mal nos tem causado. Missas? Muito cuidado, pois os frequentadores das igrejas são os actuais leprosos de antigamente.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:53

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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