No ensino continua "tudo como dantes, quartel-general em Abrantes”. O não-ministro, Tiago Brandão Rodrigues, não dá a cara quase por nada, surgindo apenas quando convocado obrigatoriamente, como é o caso das audiências na AR, e apenas para dizer as banalidades do costume. As escolas, fazendo das tripas coração, lá vão empurrando o barco, mais ao sabor dos ventos do que por objectivos previamente traçados.
Os professores e auxiliares são agredidos, bem como a violência intra-discentes aumenta assustadoramente. É um facto relatado diariamente. E que diz o ME? Assobia para o lado, ou, quanto muito, manda dizer ter planos para combater tal flagelo, sem jamais revelar quais.
Por outro lado, os sindicatos, sempre na defesa dos direitos dos seus dirigentes, perdão dos professores, claro está, marcaram uma jornada de luta/greve às avaliações intercalares que, eventualmente, decorram durante a interrupção do Carnaval, leia-se dias 24 e 26 próximos. Não digo que não existam escolas que não tenham marcado aquelas actividades para estes dias, mas não tenho a menor dúvida que serão uma minoria dentro de uma escassíssima minoria. Aliás, ontem, em conversa na sala de professores, dezenas de colegas afirmaram desconhecer qualquer escola nessas condições, com excepção de uma – só confirma a regra – que apontou Vouzela. Já agora, a ser verdade é condenável.
Importa, por isso, reafirmar que gastar munições para nada, ou melhor, para quanto muito dar prova de vida, não é só sinónimo de incompetência, é também sinal de estupidez.