O que eles fazem para se manterem na crista da onda, no pináculo da simpatia, no ápex das sondagens? Vão a todas, sejam festas, vernissages, arruadas, cerimónias/inaugurações, eventos, etc., etc. Tiram, sem jamais se sentirem fatigados, selfies com tudo e com todos. Comem, ou fazem que comem, lambendo apenas, do mesmo prato que qualquer outro conviva. Bebem (menos, mas apenas por conveniência) da malga como o mais simples dos mortais. E sempre, sempre com um sorriso no rosto. Não fazem publicidade a qualquer marca de dentífrico, mas que têm jeito para isso é verdade.
Falo, como é evidente de Marcelo Rebelo de Sousa, o nosso excelso Presidente da República, mas não só. António Costa, por exemplo, anda ultimamente a tentar – sim porque apenas almeja tentar, já que não tem carisma para mais – imitar aquele. Ele são beijinhos, palmadas nas costas, sorrisos por tudo e por nada e até não foge de uma foto. Não acreditam? Vejam a fotografia publicada pelo Expresso de sábado passado, dia 21, em que aparece na missa, sufragada pelos mortos do grande incêndio de Pedrógão Grande de 2017, de mão dada com aquela que mais se insurgiu contra a ineficácia governamental e que é ainda presidente da Associação de Apoio às Vítimas, Nádia Piazza.
Outro facto: a noite passada, noite de S. João, o PR passou-a em Braga, onde até sardinhas assou. Por outro lado, o PM passou-a no Porto e se não assou sardinhas, pois só sabe fazer, em directo e em programa de TV, cataplana de peixe, pelo menos comeu-as no meio do povoléu, para regalo deste.
Foram convidados? Bem sei que sim. Todavia, a ida e as atitudes aí manifestadas não deixam de ter uma leitura política. E, olhem, que não é assim tão despicienda.