Ler frases soltas, mesmo que conexas com algo improfundável, é trabalho alcantilado e, na maior parte das vezes, sem qualquer mais-valia. Salvo o gosto de quem escreve - e se o não faz há muito, então, é redobrado – não vejo grande serventia. Isto não quer dizer que não tenha eupatia do mesmo mal ou que venha padecer de algo semelhante. Há muito aprendi a não dizer “jamais beberei desta água”.
Todavia, a escrita deve ser um gozo compartilhado. Ora, se apenas uma das partes desfruta … A compatibilização de quem escreve e quem lê tem de ser construída filigranamente ou, caso contrário, o caminho do deserto é certo. Assegurar a preservação íntima do escritor é bom. Porém, temos que a dosear q.b. para que não alcance um caris definitivo de má qualidade com quem queremos servir.
Todos estamos de acordo que a Ciência, de vez em quando, não sabe dizer sim ou não e temos de ser nós, com coragem, resiliência e maturidade, a dizer claramente não. Não, não vou por este caminho, vou por aquele, para que não cheguemos a situações irreversíveis.
Já agora, uma questão pertinente: como nos vamos posicionar em sociedade sem hipotecar o bem-estar que almejamos alcançar? A resposta parece-me óbvia, e tem por base a abordagem que procura articular as cinco áreas que caracterizam a vivência humana: económica, social, cultural, política e ambiental. Por outras palavras, há que ter sempre presente o ser, o estar, o fazer, o criar, o saber e o ter.