Pedir desculpa fica sempre bem. Se for genuíno, acrescento. Todavia, quando tal pedido vem atrasado de vários anos e é apenas efectuado após eleições cheia a hipocrisia.
O ministro Pedro Nuno Santos pediu desculpa pela má qualidade dos transportes públicos. Igualmente o primeiro-ministro encetou um novo género de perdão ao reconhecer a existência de serviços públicos que não dão a resposta adequada aos cidadãos, sendo urgente inverter a situação.
Palavras sábias, mas insuficientes. Adianto, entre muitos outros, mais alguns entendimentos para aduzir outros pedidos de absolvição: a alta taxa de impostos, o atraso na atribuição das pensões, o aumento da corrupção, a generalização do favorecimento da família e amigos, a ausência de reformas a nível do Estado.