Há uns séculos atrás, na Idade Média, algo muito bem retrato no filme O Nome da Rosa, baseado no livro homónimo de Umberto Eco, os monges sentavam-se à mesa a copiar, meticulosamente, as escrituras. Segundo a sua hierarquia, seria um monge superior que atribuiria o trabalho a cada um, provavelmente dando a primeira página ao discípulo mais hábil e incumbindo os mais velhos, de mãos trémulas, de lerem e conferirem os erros no final do trabalho.
O certo é que apesar da grande evolução de lá para cá, pouco mudou, i.e., os supervisores continuam a assignar trabalhos aos seus recursos humanos, baseados em perfis, aptidões e experiências.
Se até aqui nada de novo, o resultado altera-se quando se sabe hoje-em-dia que todos os processos da cadeia de valor das instituições enfrentam exigências cada vez mais rigorosos em termos de eficácia, introspecção e conhecimentos necessários à manutenção de vantagens competitivas. Ora, dar sempre o mesmo aos mesmos não acrescenta nada, bem pelo contrário. A determinada altura, mais a curto do que a médio prazo, a inovação passa a rotina e esta descamba em desmotivação, com os naturais inconvenientes daí advenientes.
Por isso, se ouve amiúde que são sempre os mesmos. Ouse-se mudar. Não mudar radicalmente, ou mudar algo para que tudo fique na mesma, mas não ter medo da renovação.