São raras as pessoas que dizem não à globalização. Quanto muito existem alguns que, com alguma constância, levantam reservas. A globalização, alterando as correlações de forças do mercado, cria cenários de incerteza e lança novos desafios. E a necessidade de responder a estes desafios e exigências e a permanente evolução tecnológica obriga a uma constante renovação de meios, serviços e organizações.
As mudanças rápidas acima referidas criam desafios à capacidade de gestão de cada um de nós que, apesar do potencial de adaptação, enfrentamos grandes riscos no dia-a-dia. A experiência mostra, contudo, que para enfrentar as várias dificuldades é preciso reconhecer, antes de mais, a introdução de conceitos e princípios de subsidiariedade intra e extra-territorialidade, como oportunidade de melhoria e consequente aumento do bem-estar.
Por isso, quando leio que existem 28 freguesias onde há mais de cinco anos não se regista qualquer nascimento preocupa-me. Esta visão bastante redutora do futuro, aliado ao crescente individualismo, para não falar de egoísmo, não permite identificar algumas das carências e suplantar os obstáculos referidos. É evidente que pessoas existem advogando que mais vale uma criança em que lhes seja proporcionado o máximo do que um bebé com o mínimo.