Sou exigente, ou melhor, sou muito exigente. E apesar de nos últimos anos ter moderado este ímpeto, o certo é que ninguém me pode acusar de ser rigoroso com os outros sem o ser comigo mesmo. Dito por outras palavras: antes de impor aos outros dou o exemplo.
Sim, eu sei que a palavra é muito importante, mas mais ainda é o exemplo. Há quem fale muito e de forma extremamente eloquente, mas depois, na prática, professam como aquele ditado “bem prega Frei Tomás …”
A vida é dura e difícil? É verdade, independentemente da condição familiar, profissional e afectiva. Mais para uns que para outros, é verdade, mas, no geral e no cômputo do nosso modus vivendi, aquela premissa é totalmente verdadeira. Pensar que todos temos direito a sermos sempre felizes e, sobretudo, para sempre é pura falácia. Aliás, tal como a sorte, também a felicidade dá muito trabalho e carece de muitos sacrifícios.
Querer o melhor de amanhã já hoje não é honesto. Dar tudo sem mostrar o essencial, i.e., não denotar espírito de sacrifício, não ser exemplo de perseverança, não demonstrar que o amanhã será melhor que hoje, não revelar resiliência nas piores situações, não é NADA.