A recente mudança de cadeiras ministeriais teve vencedores e vencidos, como é próprio da vida. Não interessa para aqui estar a falar de todos os vencedores e muitos menos dos vencidos. Importa, sim, o sinal claro que António Costa quis dar ao não remodelar o ME, Tiago Brandão Rodrigues, alguém cuja falta de casting e sobretudo desgaste é, sem sombra para dúvidas, muito maior que outros que perderam o poiso em S. Bento.
O nosso primeiro, há que o reconhecer, depois de vencer em toda a linha a luta dos professores pela contagem integral do tempo de serviço prestado – culpa dos partidos da esquerda da geringonça e dos seus apaniguados sindicalistas -, quis mostrar à saciedade que, após tal (retumbante) vitória, não podia mexer no seu menino de oiro. Caso contrário, como explicar que depois de um sucesso destes o titular da pasta levasse dois pontapés no dito cujo?
Nomes para tal lugar perfilavam-se desde há muito. Sabe-se que Maria Lurdes Rodrigues de má memória, e até Isabel Alçada, actual assessora do PR, entre outros, estavam muito desejosas de novamente ocupar o lugar na 5 de Outubro. O Costa (não do Castelo), porém, não lhes fez a vontade. Manda quem pode, obedece quem deve.
Todavia, pode ser que um dia destes, senão nas ruas, pelo menos nas urnas as contas lhe saiam furadas.