Muito se tem falado das fake news e estou em crer que ainda muito se irá falar. Já tinham sido importantes na eleição de Trump, bem como no referendo do Brexit, mas agora nas eleições brasileiras o patamar foi elevado a um nível excepcional.
As fontes de chegada da informação até nós são inúmeras: rádio, televisão, imprensa e sobretudo a internet, este novo e imenso veículo globalizante. Somos diariamente bombardeados por inúmeras informações, muitas vezes díspares, o que deixa a grande maioria de pessoas completamente baralhada.
O desafio é sermos capazes de selecionar essa mesma informação por forma a que ela se transforme em conhecimento que possamos utilizar racionalmente. Contudo, as opções são tantas e tão diversificadas que a selecção não é nada fácil. Escolher entre o produto A ou o produto B, entre o candidato X ou o candidato Y, entre a estratégia P ou a estratégia T, quando o invólucro é extraordinariamente apelativo, é muito difícil.
É nas escolas que se gera o conhecimento, mas se não houver qualquer forma de monitorizar a qualidade com que este é transmitido, nunca saberemos se estamos a enveredar pelo caminho certo. Todavia, há quem, com argumentos muito válidos, defenda que a não supervisão de tal é, em si, uma mais-valia, uma vez que, entre outras vantagens, potencia a abertura para a procura do discernimento.