Muito se tem falado ultimamente em progressões. Ser promovido e ver o mérito do seu desempenho reconhecido dentro da instituição é a aspiração de qualquer profissional, sobretudo se isso implicar um acréscimo de renumeração e outros benefícios extrassalariais.
Estão enganados, porém, aqueles que pensam que evolução ascendente é a única forma de progressão profissional. Não quero dizer que esta não seja imensamente importante e longe de mim desvalorizá-la. Aliás, nos últimos dias muitas têm sido as notícias, senão completamente falsas, pelo menos lidas e divulgadas com enorme enviesamento, como o único propósito de desvalorizar, achincalhar mesmo, a justa luta dos docentes.
Voltando ao cerne deste texto, pergunto se já ouviu falar de “crescimento lateral”? A sua avaliação anual de desempenho foi óptima, os objectivos foram plenamente alcançados e em seu redor conseguiu cimentar uma equipa motivada e comprometida com a missão da organização. Como recompensa, os seus líderes oferecem-lhe um novo desafio de carreira, noutra área que não aquela onde habitualmente exerce funções. Em suma, encaro-o como uma promoção?
Os especialistas em organização de trabalho dizem que o deve fazer, até porque é importante considerar sempre outras alternativas de evolução, entre as quais a mudança de área. Os estudiosos desta temática enfatizam que evoluir e progredir não é ser promovido. É ser mais competente e mais feliz profissionalmente e isso pode ser alcançado por vários caminhos.