O meu ponto de vista

Junho 09 2018

images.jpg

Afinal a austeridade não terminou. Se nos convencemos disso é porque nos deixámos embalar pela cantiga do governo e também porque ansiávamos há muito por alguém que nos viesse dizer isso mesmo. A frase dita, esta semana na AR, pelo primeiro-ministro de que não há dinheiro é bem sintoma disso.

Com os juros da dívida a não descerem, a crise nalguns países europeus – por exemplo, Itália e Espanha -, perspectiva de diminuição de crescimento, o qual já se vem fazendo sentir, aliado ao decréscimo das exportações, bem como uma perda dos auxílios por parte da CE, o governo viu que não havia volta a dar e, como mais vale prevenir do remediar, toca de travar. Ainda não a fundo, mas para lá caminharemos.

Nesta ordem de ideias, não estranha que o próximo ano não será ainda o ano de nova austeridade, uma vez ser ano de eleições e os votos … Todavia, é sabido que os portugueses, a curto prazo, irão ser novamente chamados a ajudar a equilibrar as contas públicas. Os cortes serão esperados, a subida de impostos também.

Consciente de que este esforço irá ter efeitos práticos nefastos no bem-estar e na vida dos portugueses, recordo da conveniência em (re)estruturar o nosso modo de estar a nível financeiro e, sobretudo, no âmbito da gestão do orçamento familiar.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:51

Junho 07 2018

images.jfif

Não gosto de ter razão antes do tempo. Todavia, a notícia de hoje afirmando que “a França se encontra a um passo de proibir os telemóveis nas escolas” avivou-me a memória sobre aquilo que há muito venho pugnando. As últimas novidades em TIC (smartphones, iphones, tablets, entre outras) à mão de semear, se, por um lado, têm contribuído para estarmos quase constantemente em contacto com o mundo mais próximo e o mais longínquo, têm, por outro, a enorme desvantagem da (extrema) dependência. Aliás, não é por acaso que existem psiquiatras a proclamarem que o telemóvel é a droga dos tempos de hoje. Imensas pessoas existem que, antes de dormir, a última coisa que sentem é o “carinho” do telemóvel, tal como ao acordar é a primeira sensação que registam.

Todos sabemos que a esmagadora maioria da sociedade sofreu, nos últimos anos, as agruras da crise económica. Contudo, a referida adversidade não atingiu todos por igual. Por exemplo, alguns sectores, muito poucos, aliás, passaram entre os pingos da aludida crise, ou sejam foram imunes à aludida crise. Falo do sector que vive à conta dos telemóveis. Pode não haver dinheiro para comer, estudar ou até vestir. Porém, possuir um telemóvel de última geração e usá-lo quase 24 horas por dia é norma indispensável.

Como anteriormente dizia, imunes à crise e em total contraciclo com a conjuntura económica, as TIC que operam em Portugal, ou a partir de Portugal para o mundo, continuam em alta e têm já metas muito bem definidas para os anos vindouros: sempre a crescer e acima do que mais imaginamos.

Nas escolas, sendo impossível ter Net zero - basta lembrarmo-nos que os sumários e grande parte das aulas são impossíveis de decorrer sem recurso a esta ferramenta – há que implementar, sem margens para dúvidas, o uso nulo daqueles dispositivos por parte dos discentes, não só durante as aulas como durante todo o tempo que passam na escola. E há dispositivos electrónicos, não muitos caros, que impedem isso. A questão de uma urgência não se coloca já que não há escola sem comunicações externas e internas. Mais: como era há trinta, quarenta ou mais anos?

Não basta estar escrito no RI a proibição do telemóvel na sala de aula. É absolutamente necessário dizer-se que o uso da mencionada Net é uso exclusivo dos docentes, ao contrário do que hoje acontece em que os uns e outros têm acesso às mesmas passwords, com todos os inconvenientes daí advenientes e que me escuso de enumerar.

Em tempos que já lá vão, quando nos encontrávamos uns com os outros falávamos, discutíamos e, por vezes, irávamo-nos. Hoje, os nossos jovens, teclam. Sozinhos, é claro!

 

publicado por Hernani de J. Pereira às 15:42

Junho 06 2018

images.jfif

A sério. Já não tenho paciência, pachorra, isto para usar um termo muito ao gosto do nosso povo, para as pessoas, sejam elas do foro político ou comunitário, que advogam que é preciso contribuir para proporcionar uma nova consciência política sobre a realidade social, ajudando a escola e a universidade a cumprir o enorme desígnio da importância da qualificação.

Quando todos aqueles me dizem que é absolutamente necessário demonstrar aos jovens que estão no centro de uma questão fundamental que envolve a sua geração, fico imediatamente com “pele de galinha”. Todos, desde o gato menos pintado ao felino mais subtil, todos, repito, têm uma palavra a dizer sobre a escola e como os docentes devem orientar a sua prática. Não importa as condições económicas, sociais e culturais em que operam o seu múnus. De pouco lhes interessa se os professores são devidamente recompensados, tanto a nível financeiro, como no âmbito do status. Para todos aqueles releva somente a sua ideia de como e quando deve ser feito o que muito “bem” pensam.

Não é que queira a escola como uma ilha. Todavia, a insistência em algo que quem está dentro do convento sabe de cor e salteado é intolerante. Ninguém melhor que nós sabe que o acesso à educação e formação, num futuro tão incerto como este que vivemos, onde as qualificações representam quase o único valor que permanecerá seguro e imprescindível, apesar de todas as dúvidas actuais, é um bem inestimável.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:34

Junho 05 2018

images.jpg

Os tempos são de mudança, como costumo dizer. Só que, nos últimos tempos, esta mudança é tão feroz e tão acelerada que é extremamente difícil de acompanhar. Por exemplo, para os lados de Alvalade, de hora a hora, tudo se pode alterar.

Então, não é que Jesus se quer aliar aos árabes? Caramba, já nem em Jesus podemos confiar? A crise é exponencial e explosiva e os petrodólares são de tal monta que até este não consegue resistir e pretende mudar-se.

Os amores de ontem são ódios de hoje. Conhecemos os primeiros mitos, as viagens sucederam-se, os sonhos proclamaram-se e as jornadas intensas sucederam-se. É certo que muito foi conquistado e feito. Honra e glória a quem esteve na primeira linha. Mas, como o nosso bom povo costuma dizer, mais importante que entrar bem é saber sair melhor.

Bruno de Carvalho ofereceu paixão e razões de amor ainda maior. Todavia, ao que restou não leve o rancor. Só assim o coração do leão voltará a bater ainda mais forte.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:40

Junho 04 2018

images.jpg

O vinho mais que uma bebida é uma paixão. É para a esmagadora maioria dos portugueses o ponto de encontro onde se revêm. Por isso, não admira que aprendamos a beber vinho em casa desde novos. Todavia, saliente-se que, para além de paixão, é também moderação.

Nos últimos anos vencemos a batalha da qualidade. E estamos a avançar na apresentação do produto, como são exemplos o caso dos rótulos, rolhas, tipo de garrafa, entre outros. Já agora sabem que 70 % dos nossos vinhos são vendidos em hipermercados e principalmente a homens?

Um outro aspecto a reter nesta matéria é o profissionalismo. Somos óptimos a produzir, mas depois não sabemos comercializar. E, como é do conhecimento geral, o que não se promove não se vende. Por exemplo, ainda há relativamente pouco tempo, num supermercado da capital londrina, os únicos vinhos portugueses à venda eram o verde e o do Porto. Maduros, brancos e/ou tintos, sejam eles do Douro, Bairrada, Alentejo, etc., pura e simplesmente não existiam. Contudo vinhos do Chile, Austrália e de Itália, só para citar alguns países, eram prateleiras cheias.

Uma outra curiosidade. O Marquês de Pombal demarcou o Douro para o fabrico de vinho licoroso. Aliás, foi a primeira região vitivinícola do mundo a ser demarcada. Porém, ele sabia que esse vinho também se podia produzir na região de Oeiras, da qual era conde. Então, quando aprovou o Vinho do Porto determinou que somente as uvas da região do Douro é que podiam entrar, sob pena de morte. Houve até casos de enforcamentos. Mas como não há bela sem senão, abriu uma única excepção: as uvas de Carcavelos. Se assim podemos dizer, foi uma corrupção ensaiada pelo próprio governante, uma vez que foi juiz em causa própria, i.e., fez uma lei em que podia vender as suas uvas para uma região onde elas valiam dez vezes mais.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:16

Junho 02 2018

transferir.jpg

Sonhar é bom e os sonhos concretizados de uns beneficiam as vidas de muitos outros. Motivação, persistência, resiliência, acreditar no sonho e, acima de tudo, nunca desistir. Sim, tem sido o meu lema, apesar de não ser fácil de levar diariamente à prática. Aliás, aqueles que transformam sonhos em ideias e empreendem para as viabilizar, não pensam apenas em números e sabem que a sorte dá muito trabalho.

Sou aquilo que sou e costumo dizer que o que tem de ser tem muita força. Procuro reestruturar, sem colocar em causa todas e quaisquer tradições. Invisto, não para aumentar o pecúlio económico, ainda que não descure as finanças, mas sim para aumentar a eficiência e para a melhoria da qualidade. Adoro ajudar e gosto de ser ajudado. Não me interessa mesmo nada a competição pela competição. Todavia, anseio constantemente por novas práticas e conhecimentos inovadores.

Sei, de antemão, o que quero e sobretudo o que hei-de oferecer. A elegância, a qualidade e o requinte são atributos que tento sempre alcançar. Sei que, na maior parte das vezes, não os consigo granjear. Porém, não deixo de tentar diariamente.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:44

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
Junho 2018
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
13
14
16

17
18
20
23

24
28
29


arquivos

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Outubro 2005

Agosto 2005

Julho 2005

Junho 2005

Maio 2005

Abril 2005

Março 2005

Fevereiro 2005

Janeiro 2005

Dezembro 2004

pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO