Afinal a austeridade não terminou. Se nos convencemos disso é porque nos deixámos embalar pela cantiga do governo e também porque ansiávamos há muito por alguém que nos viesse dizer isso mesmo. A frase dita, esta semana na AR, pelo primeiro-ministro de que não há dinheiro é bem sintoma disso.
Com os juros da dívida a não descerem, a crise nalguns países europeus – por exemplo, Itália e Espanha -, perspectiva de diminuição de crescimento, o qual já se vem fazendo sentir, aliado ao decréscimo das exportações, bem como uma perda dos auxílios por parte da CE, o governo viu que não havia volta a dar e, como mais vale prevenir do remediar, toca de travar. Ainda não a fundo, mas para lá caminharemos.
Nesta ordem de ideias, não estranha que o próximo ano não será ainda o ano de nova austeridade, uma vez ser ano de eleições e os votos … Todavia, é sabido que os portugueses, a curto prazo, irão ser novamente chamados a ajudar a equilibrar as contas públicas. Os cortes serão esperados, a subida de impostos também.
Consciente de que este esforço irá ter efeitos práticos nefastos no bem-estar e na vida dos portugueses, recordo da conveniência em (re)estruturar o nosso modo de estar a nível financeiro e, sobretudo, no âmbito da gestão do orçamento familiar.