A sério. Já não tenho paciência, pachorra, isto para usar um termo muito ao gosto do nosso povo, para as pessoas, sejam elas do foro político ou comunitário, que advogam que é preciso contribuir para proporcionar uma nova consciência política sobre a realidade social, ajudando a escola e a universidade a cumprir o enorme desígnio da importância da qualificação.
Quando todos aqueles me dizem que é absolutamente necessário demonstrar aos jovens que estão no centro de uma questão fundamental que envolve a sua geração, fico imediatamente com “pele de galinha”. Todos, desde o gato menos pintado ao felino mais subtil, todos, repito, têm uma palavra a dizer sobre a escola e como os docentes devem orientar a sua prática. Não importa as condições económicas, sociais e culturais em que operam o seu múnus. De pouco lhes interessa se os professores são devidamente recompensados, tanto a nível financeiro, como no âmbito do status. Para todos aqueles releva somente a sua ideia de como e quando deve ser feito o que muito “bem” pensam.
Não é que queira a escola como uma ilha. Todavia, a insistência em algo que quem está dentro do convento sabe de cor e salteado é intolerante. Ninguém melhor que nós sabe que o acesso à educação e formação, num futuro tão incerto como este que vivemos, onde as qualificações representam quase o único valor que permanecerá seguro e imprescindível, apesar de todas as dúvidas actuais, é um bem inestimável.