É um lugar comum ouvir dizer que as pessoas não são números. Também não estranha, bem pelo contrário, escutar declarações que relatam casos em que a aposta nas pessoas é causa ganha. Estou de acordo, como igualmente comungo que, na maioria das vezes, se enche a boca e se encolhe o coração. Já lá vamos.
Dizem os primeiros que fazem vingar a ideia nova, assente no pressuposto de que a riqueza das instituições reside, antes de mais, no capital humano. Aliás, adiantam que o sucesso não é alheio ao facto da aposta feita nas pessoas, encaradas como o verdadeiro valor emergente da causa, contrariando, deste modo, a prática comum de as encarar como um mero “lançamento contabilístico”, i.e., um bem de que a instituição se serve e para a qual geram riqueza.
Se até aqui nada a opor, o caso muda de figura quando a filosofia de gestão adoptada não tem das pessoas uma visão diferente da de um simples recurso físico, padronizado e substituível, olhando-as como um simples activo dotado de mais ou menos capacidades de trabalho. Não observar que cada um tem uma participação única, cuja soma mobiliza e se transforma na pedra basilar de uma entidade ganhadora, capaz de antecipar o futuro para consolidar o presente, é meio caminho para o insucesso.