Quem vive numa aldeia sabe bem que não existe época mais conturbada que a da Páscoa. São dois dias em que, de casa em casa, se visitam os amigos e os amigos dos amigos. Isto para não contar com a preparação ocorrida nos dias anteriores.
O facto é que se tem verificado alguma evolução e, hoje-em-dia, muitas casas já não abrem a porta à passagem do Compasso que anuncia Cristo Ressuscitado. Portugal tem reflectido essa tendência e começa a ver-se, amiúde e com preocupação, sinais de evolução. Todavia, uma alteração na percepção do verdadeiro sentido desta quadra dependerá também da interiorização da Fé. Há que ter em atenção de que podemos ser cada vez menos, mas os que restam, estou certo que ainda a maioria, são mais esclarecidos.
Voltando à azáfama, quase me atreveria a dizer como Cristo, ao expirar, afirmou na Santa Cruz: “Tudo está consumado”. Resta descansar estes breves dias até à labuta habitual que se estenderá – assim o espero – até finais de Julho próximo.
Uma última nota. A quem tive o grato gosto de visitar, como presidente de um dos Compassos, e que tão excelentemente me recebeu, o meu bem-haja.