Os professores estão em greve. Bem sei que pouco se nota, não devido à inexistência de motivos fortíssimos para levar toda uma classe a aderir a tão drástica forma de luta, mas sobretudo por outros factores, entre os quais destaco: escassa mobilização, descrença da maioria dos docentes nos dinossauros que regem os sindicatos, consternação face às forças políticas que nos governam e/ou sustentam parlamentarmente estas, desânimo capitaneado por um nível etário muito elevado e, não menos importante, o momento escolhido, i.e., época de testes de fim-de-período.
Ora, o resultado no dia-a-dia das nossas escolas da presente luta, deve levar os sindicatos a ponderarem muito bem sobre a sua postura, principalmente nestes dois últimos anos. O companheirismo com o poder, para não dizer conluio – para muitos não tem passado de traição – tem levado muitos professores a descrerem totalmente das intenções daqueles, levando-os a dessindicalizarem-se, como, aliás, foi o meu caso. Por isso, o rejuvenescimento destas estruturas representativas é absolutamente necessário.