Sabe, pelo menos a maioria que comigo mais de perto priva, o quanto gosto da agricultura. Tal como já escrevi, este sujar para nele me lavar, dá-me um prazer inaudito. Importará, assim, neste domínio da minha vida privada, que as expectativas geradas ao longo dos anos não venham a ser postas em causa pela ausência de uma atitude integradora que maximize as potencialidades que lhes estão inerentes.
Esta visão de macroleitura sobre uma realidade que não passa de microagricultura, associada a uma consequente implantação no terreno de medidas que estimulem a minha adesão, constituirá, estou certo, o garante indispensável a uma reprodução sustentada dos pesados investimentos que são e continuarão a ser canalizados para as novas realizações que pretendo concretizar.
Todavia, o que se observa, sobretudo por quem diariamente suja as botas e as mãos, é que, na maior parte das vezes, os apoios são canalizados para os que já muito têm e pouco necessitam, fazendo-me lembrar a canção que diz “os bancos só emprestam a quem não precisa”.
Se for ao contrário do que tem sido prática até aqui, então, ultrapassada esta etapa, o futuro da minha nova agricultura ganhará um novo instrumento favorecedor de desenvolvimento que, a ser aproveitado em articulação com outros investimentos em curso e a implementar no futuro próximo, possibilitará trilhar os caminhos do progresso e adoptar processos de convergência.