Ainda sobre o escândalo da Raríssimas, o que vemos, lemos e ouvimos de altos responsáveis do PS é de bradar aos céus. Desorientados, ensaiam uma fuga para a frente, ao mesmo tempo que cavam, cavam e … só sai minhoca.
João Galamba, o estulto deputado do PS, desavergonhadamente, mas fazendo jus à sua infeliz prática de elefante no meio de uma loja de porcelana, afirmou que “o problema surgido se devia ao ministro da Solidariedade Social do anterior governo”. Pelo seu lado, o líder parlamentar, Carlos César de seu nome, o tal que conseguiu altos empregos na administração pública para tudo o que era familiar, asseverou e passo a citar “demitindo-se deixam o governo isento desses problemas e dessas imputações”.
Ou seja, a culpa jamais é nossa. Ou a nódoa é no vestuário do vizinho ou quando atinge uma das nossas peças de roupa, jogamo-la fora e o assunto fica resolvido. Imaculado até. Não importa como caiu a nódoa, que tipo e a quem atingiu. Mais: é irrelevante se a nódoa é ligeira ou devastadora, se caiu em pano fino, tipo linho ou pura seda, ou numas jeans de terceira categoria.
Adenda: Não é por acaso que os grandes comentadores das bandas do PS - não confundir com aqueles que possuem responsabilidades directas no governo ou no Parlamento - se têm abstido de comentar este caso. Dois exemplos: Vital Moreira e Ana Gomes.