A entrevista do ME, Tiago Brandão Rodrigues, à TSF e ao DN – uma espécie de órgãos oficiais do governo -, no sábado p.p., é tão fraquinha que, sinceramente, não vale uma linha de comentário. Se não fosse por “dever de ofício” e na medida em que me toca particularmente, juro que passava à frente.
Todos sabemos que a escolha daquele bioquímico para a pasta da Educação, foi - todos, sem excepção, o dizem - um autêntico erro de casting. Talvez por pensar que o cargo comportava apenas umas viagens, por aqui e pelo estrangeiro, um “botar faladura” aqui e acolá, um cortar de fitas nesta ou naquela inauguração, um abrir ou um encerrar, num dia ou noutro, qualquer congresso ou encontro, com gente afável a dar umas palmadas nas costas e com uns salamaleques à mistura, ou, então, por pura vaidade pessoal, o certo é que o rapaz – sim, com a minha idade, posso trata-lo assim - decidiu, para desgraça do país, aceitar.
Uma entrevista - a qual, como bem sabemos foi previamente acordada - onde apenas se debitam vacuidades, inverdades e, sobretudo, onde se nota exasperantemente a ausência de ânimo e de força de vontade, é tão pobre que chega a ser confrangedora. A falta de coluna vertebral para bater com a porta, já que somente soube balbuciar a cartilha que lhe ensinaram no Ministério das Finanças - responsabilidade e perigo de novo congelamento – é tão grande que chega a meter dó.
O tão radical Tiago, após uma conveniente doença vertiginosa, passou a cordeiro manso. Parafraseando alguém muito conhecido da nossa praça, “lamentamos. Temos pena”.