Tempo natalício, no qual, sem dúvida, está associado o festejo do fim-de-ano. Reconhece-se ao longe o cheiro inconfundível desta época. Aliás, perde-se no tempo o consumo de determinada gastronomia, preparada segundo tradições ancestrais, transmitidas de geração em geração, aperfeiçoada em cada gesto e em cada rito da sua confecção.
Ultrapassando as fronteiras físicas, quer interna e/ou externas, o Natal, assim como o Fim-de-Ano, são hoje sinónimos de conforto e prazer, desfrutados em cada prato e doce. Hábitos inculcados na rotina diária desta quadra, são hoje um acto social e cultural, como também profissional.
Nesta ordem de ideias, custa-me, durante estes dias, falar de outros assuntos. Fraude, corrupção, lavagem de dinheiro são claramente ensinamentos – observe-se, por exemplo, a nova lei de financiamento dos partidos – que, por ora, me repugna tratar.
Bem sei que, infelizmente, por estes dias a maldade não faz tréguas. A mistura inebriante de ilicitude e talento para a má liderança são formas erradas de estar na vida, em qualquer altura do ano, mas sobretudo nesta época.
Por ser daqueles que infantilmente ainda acreditam na bondade humana – naïf me confesso – aproveito estas palavras mal-alinhavadas para desejar a todos
BOM ANO