Num filme português, o Pátio das Cantigas, existe uma frase, que ficou célebre, “só queria que me saísse branco”. Glosando com esta, direi que só queria que chovesse.
Contudo, o não menos célebre anticiclone dos Açores nunca mais regressa ao seu poiso habitual. Raios o partam. É que enquanto não descer, dizem os especialistas, o estado do tempo não se alterará substancialmente. Poderão cair uns pingos aqui e ali, mas nada que se compare às enormes necessidades de água que todo o país apresenta.
Por exemplo, há quem afirme que necessitamos, a curto prazo, de precipitação que ultrapasse os 200 ml, ou, dito por outras palavras, que a pluviosidade se situe acima de 200 litros por metro quadrado. Atenção: é conveniente que não seja de uma vez só. É que para desgraça já basta a seca.
Para quem, como eu, acredita que Deus tudo comanda, peço a Este seja benigno para com os portugueses. E já agora que todos saibamos aproveitar o melhor possível este enorme bem, o qual, ao contrário do que diz Trump e companhia, é cada vez mais escasso, por nossa culpa, nossa grande culpa.