Este é um espaço, conforme aliás sempre foi, adequado, para junto de quem acha que escrevo algo de útil, deixar registado alguns dos princípios que orientam o dia-a-dia do meu labor.
Por isso, conhecendo razoavelmente bem o caminho irregular, pedregoso e, por vezes, tortuoso que tem caracterizado a história do Ensino em Portugal, porque o percorri pelo meu próprio pé ao longo de muitos e muitos anos, é que me sinto à vontade e em pleno direito de dizer - no meu modesto entender, é certo – aquilo que penso e que me rege.
Conheço a dificuldade daqueles que no terreno concreto da sala de aula – e não à volta de uma mesa-redonda qualquer de um gabinete alcatifado e com ar-condicionado -, procuram entrar, compreender e responder a um processo de ensino-aprendizagem abrangente, centrado no aluno e cuja “espinha-dorsal” apresenta características únicas.
Por conhecer, ou pelo menos ter a pretensão de conhecer, em síntese, o real e não o imaginário, o autêntico e não o ilusório, é que, na maior parte das vezes, sou tão duro e até cruel. Sei que tal complexidade se transporta, naturalmente, para a tarefa de elaborar um perfil o mais genuíno possível. Sem paternalismos, a tentativa simples de iluminar um túnel é, para muitos, um desafio longo e desagradável.
Dada a velocidade de transformação e o dinamismo que marcam o mundo actual, a par das disparidades dos meios humanos e tecnológicos, a logística das salas de aulas das nossas escolas é, sem dúvida, um obstáculo difícil de transpor e somente com muito e muito empenho e alguma imaginação pode ser minorada.
Finalizando, novamente abro este espaço a todos aqueles que “buscam o saber” e se sentem “atraídos pelo fazer”