Costumo dizer que o dinheiro é lixado. Não há como contornar: o dinheiro tem uma importância fundamental na nossa vida e na sociedade em que vivemos. Mas, como todos bem sabemos, a árvore das patacas não existe e as moedas e notas não são elásticas.
É com dinheiro que pagamos as necessidades básicas do nosso dia-a-dia. A casa, o carro, os estudos, o supermercado e tantos outros itens indispensáveis. E também é com ele que concretizamos alguns dos nossos sonhos. Para a maioria das pessoas, a única forma de obter maior poder de compra é através da poupança e de decisões de investimento inteligentes que colocam o dinheiro a “trabalhar para nós”.
Todavia, pessoas existem que para materializar minimamente os seus objectivos mais imediatos necessitam da ajuda de outros. Ora, sabendo-se de antemão que não existem almoços grátis, tal obriga a posturas diferentes.
Não compreender isto é meio caminho andado para o insucesso. Os sonhos conquistam-se e se assim for não existirão impossíveis.
Sim, sim, é real. Roam-se de inveja, mas até 31 de Agosto aqui o je só pensa em agricultura, amigos – bem mais em amigas, diga-se em abono da verdade - e praia. Por isso, os postes serão poucos. Habituem-se!
Uma das principais razões que leva uma pessoa a tomar a opção de deixar de se sentir bem é a desmotivação gerada pelo facto de não sentir o seu valor reconhecido. Tanto ou mais do que uma palmadinha nas costas, dada de vez em quando, as pessoas valorizam um estado e, sobretudo, quando as fazem sentir como um elemento-chave para o sucesso das relações e jamais como peças de puzzle que podem, a qualquer momento, serem consideradas dispensáveis.
Pode parecer estranho que depois de investir tanto tempo e recursos na identificação, amizade, entreajuda e colaboração para, de um momento para o outro, surja amiúde a negligência, situação, aliás, muito mais comum do que à primeira vista se pensa. São inúmeros os especialistas a teorizar sobre o custo da desvalorização e o impacto que tal escolha tem para os relacionamentos.
Pode uma pessoa que não aprende com os erros afastar os outros? Claro que sim, é a resposta. Qualquer pessoa pretende de quem se relaciona um tratamento em que sinta que faz a diferença. Por isso, o compromisso tende a ser maior se sentirem o reconhecimento pelo seu empenho e uma preocupação com a sua motivação.
Não, não abram a boca de espanto. Habituem-se a tal pois não é de agora o uso sistemático de subterfúgios por António Costa com o fim de esconder as mazelas da sua governação. O seu problema é que, devido à actual e grave crise, tal medida é mais proeminente e, daí, mais visível.
Acham a análise muito rebuscada? Pois observem que até a presente demissão de três secretários de Estado obedeceu a uma estratégia de marketing, ditada pela análise dos “focus group” criado pelo governo. Como é possível? Bem, basta pensar que era absolutamente imprescindível que a atenção dos media, i.e., da voz pública se virasse para outo lado, deixando, assim, de ter uma atenção centrada nos fogos de Pedrógão Grande e no furto de material de guerra de Tancos.
Não acreditam? Vejam as primeiras páginas dos jornais e as notícias que fazem a abertura dos telejornais. Aqueles que rodeiam António Costa não brincam em serviço e as agências de comunicação, pagas a peso de ouro, que o assoreiam muito menos. Tudo isto foi estudado ao milímetro e apenas aguardava a chegada daquele das suas férias.
Não concordam? Notem, então, que o caso Galp, em que os actuais secretários de Estado cujas demissões apresentaram “agora”, é conhecido há precisamente um ano. Acham que após tantas vozes terem solicitado a sua demissão e tanto tempo passado só agora é que sentiram o apelo à dignidade?
Sim, eu sei que esperavam outra coisa. Porém, pelo inusitado bem como pelo dia, abordarei apenas circunstâncias do amanho que ditou o presente.
Assim, é geralmente consensual nas instituições dizer que todos os desafios actuais requerem trabalho de equipa. Nas escolas, este pensar é, com maior acuidade e de um modo mais assertivo, pela maioria dos docentes, uma forma constante de vida. É que a soma do todo é maior que a soam das partes. Verdade mais que assumida, mas que não é demais realçar.
Esta verdade inabalável tem por vezes pouca representação real se não passar da visão para o único teste comprovador de qualquer teoria organizacional – a sua implementação. Durante muitos e demasiados anos, no desenho das funções estratégicas raramente se representava, como hoje, o papel do professor. Este existia, estava lá, mas estava meio que desactivado, como que me fligth mode.
E porquê? Porque o valor que adiciona numa escola implica que se concentre em desenvolver, lado a lado com a pedagogia, aqueles que são os vectores principais sobre os quais uma instituição consegue evoluir, liderando áreas tão críticas como a formação e desenvolvimento contínuo e a gestão e retenção do talento.
Actualmente, estas preocupações estão presentes na lista de prioridades da maioria das reuniões de docentes e não pensamos sequer que já foi possível viver de outra forma. O grande segredo para a evolução é, e sempre será, o trabalho de equipa, capitalizando nas complementaridades, sinergias, diversidades, conseguindo com isto convergir na solução corporativa óptima que transporte cada uma das carreiras para o seu máximo potencial.
Sabemos o que pode um professor ao ajudar a assegurar que todos os jogadores estejam em campo e com cada vez mais amor à camisola.
A demagogia e a corrupção que imperam hoje-em-dia em Portugal estão a levar-me à exaustão. Anseio por um período de nojo. Sinto a necessidade premente de um espaço temporal em que não visse, ouvisse ou soubesse de casos tão aberrantes como os que tem sido ultimamente notícia.
Desejo colocar a cabeça na almofada e pensar que daí a umas horas acordarei num outro país onde ciclicamente as más notícias não sejam o pão-nosso de cada. Estou cansado e recuso investir na formação e implementação de acções que contribuam para o desenvolvimento de mais catástrofes.
Foram quase mil milhões de euros, mais concretamente 942,7, que o governo cativou o ano passado, de modo a vangloriar-se por quanto é lado que, sem austeridade – mentiroso sou eu e não minto tanto -, conseguiram o mais baixo défice da história da democracia portuguesa.
Para bom entendedor e em português claro, quando se fala em cativar, fala-se em não gastar o que estava programado. Como é evidente, o “poupar” deste modo significa também que existiram necessidades que não foram supridas, obras que não se realizaram e pagamentos que foram adiados para o futuro. Incerto, acrescento eu.
Por isso não admira os carros móveis do SIRESP avariados e cuja reparação foi adiada sine die, o não conserto da rede metálica e a inexistência de videovigilância nos depósitos militares de Tancos, bem como muitas outras situações, umas que nunca saberemos, outras que, pouco a pouco, vamos tendo conhecimento.
Entretanto, não existe qualquer assunção de responsabilidades e o primeiro-ministro vai de férias como nada de grave se passasse.
Os nuestros hermanos gozam connosco, chegando ao cúmulo do El País afirmar que “em Portugal é mais fácil furtar armas de instalações militares do que encontrar iogurtes no frigorífico das nossas casas”. Mas isso não importa nada.