O meu ponto de vista

Junho 30 2017

Desapareceram, o ano passado, centenas de armas e munições do interior de uma esquadra da PSP. Abre-se um rigoroso inquérito, procedendo às averiguações tidas por convenientes e ameaçando ir até às últimas consequências. Foi o que disseram.

Resultado: zero. Nada se apurou. Continuou tudo como dantes: “quartel-general em Abrantes”.

Ontem, em Tancos, em instalações do Exército, deu-se pela falta de diverso material de guerra, nomeadamente munições de 9mm, granadas de mão ofensivas, de foguete anticarro, de gás lacrimogéneo, explosivos e material diverso de sapadores como bobines de arame, disparadores e iniciadores. O ministro da Defesa, lamenta e “afirma que mandou instaurar um rigoroso inquérito, o qual irá até as últimas consequências”.

No final o resultado será: zero. Entretanto, o material já estará, a esta hora, nas mãos de terroristas, de tal modo que a Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa pediu a Washington um reforça de segurança.

A nível internacional somos motivo de chacota e, sobretudo, enorme preocupação. Ah, o ministro da Defesa avançou que o contingente nacional que integra a força da ONU no Afeganistão irá ser reforçado com mais soldados, aumentando, deste modo, a nossa contribuição para a paz neste país. É caso para dizer: por um lado deixamos que nos roubem, com o maior desembaraço, as armas e depois vamos combater, lá fora, quem as possui agora.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:17

Junho 27 2017

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Já se esperava e, por isso, os últimos casos não causaram estranheza em ninguém. Os fogos em Pedrógão Grande e concelhos limítrofes e, sobretudo, os 64 mortos foram culpa unicamente da mãe-natureza, a qual, como é amplamente sabido tem as costas largas. Vá lá, quanto muito irá descobrir-se, um dia destes, que foi um cantoneiro, da celebérrima estrada de má memória 236-1, um dos grandes culpados.

Os bombeiros culpam a descoordenação da Protecção Civil. Esta, porém, defende-se que o SIRESP teve enorme e constantes falhas entre sábado e domingo, i.e., aquando do início dos aludidos fogos. Contudo, este sistema de comunicações internas afirmou, hoje mesmo, de forma perentória, ser falso a existência de falhas. Para compor o ramalhete, a GNR diz que não sabia do impedimento daquela via, bem como possuía um número extremamente reduzido de efectivos nos concelhos abrangidos. O Governo, pelo seu lado, hipocritamente afirma, a pés juntos, querer a verdade acima de tudo. Por isso solicita relatórios, faz perguntas para … nada.

Entretanto, para baralhar – não é por acaso – nomeiam-se comissões de inquérito, abrem-se processos de averiguações, instituem-se auditorias em praticamente todos os ministérios e afins que estiveram (ou não) implicados naquela catástrofe.

É dos livros que quem não quer mudar o que quer que seja nomeia uma ou mais comissões para analisar o assunto, que quem não quer saber a verdade manda averiguar através de auditorias, instaura processos disciplinares, etc.

E, meus Deus, como ficam os lesados, cujas casas e sustento foi devorado pelas chamas? E os feridos, Pai do Céu, alguns de forma muito grave, que ainda se encontram nos hospitais? E os mortos, meu Senhor, muitos deles ainda crianças? Ninguém é responsável? Ninguém se assume culpado?

Por último, não me admiro nada, mas mesmo nada, que também muito do dinheiro e bens angariados, principalmente aquele, não chegue aos verdadeiros necessitados. Não somos África, mas não estamos muito longe.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:52

Junho 22 2017

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Não há minimamente um ordenamento florestal. Bem pelo contrário, a eucaliptização está maximamente instalada e até, pasme-se, subsidiada. Resultado os fogos sucedem-se anos após ano. Consequências judiciais e, sobretudo, políticas: zero ou menos. O ministro da Agricultura e Florestas, Capoulas Santos, o qual, como é lógico superintende governamental e politicamente esta importância área afirma que não sente minimamente culpado, já que fez tudo o que podia ao seu alcance. Vê-se! Esqueceu-se de dizer que foi o político que mais anos esteve à frente deste ministério.

O Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), que está sob a alçada do Ministério da Administração Interna falhou em toda a linha, tal como falhou o ano passado e em muitas outras ocasiões. Como resultado morreram 47 pessoas na estrada 236, agora designada Estrada da Morte, uma vez que não havia informação sobre o impedimento desta. Contudo, a respectiva ministra, Constança Urbano de Sousa, disse que não se demitia a não ser que António Costa lhe retirasse a confiança política. Mais: reafirmou que fez tudo o que esteve ao seu alcance para que a tragédia de Pedrógão Grande não acontecesse. Notou-se!

Entretanto, a época de Verão vai-se, os fogos terminam e … a malta esquece. Vem o Outono e o Inverno e as encostas devastadas serão reduzidas unicamente a pedras e as cheias hão-de acontecer. O SIRESP voltará a falhar e o ciclo continua.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:21

Junho 21 2017

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O Governo deve ser como uma orquestra onde cada um tem o seu papel a desempenhar. Todavia, a música que consegue tocar só será de boa qualidade se todos os músicos se articularem bem entre si. Uma “melodia” que quando se consegue faz com que cada músico se sinta parte integrante e importante de um todo motivado e, sobretudo, realizado.

Infelizmente não é o que acontece como o actual ME, Tiago Brandão Rodrigues, figura governamental que nitidamente não sabe tocar o “instrumento” com que António Costa o brindou e que, para mal dos nossos pecados, quando pretende “botar” algumas notas, estas saem em completa dessintonia com o resto da orquestra.

Responsabilidade, disponibilidade para aprender, proactividade, espírito de iniciativa, motivação e capacidade para trabalhar em equipa são hoje competências tão ou mais importantes que uma brilhante média final de curso. No momento de selecção o indigitado primeiro-ministro deve procurar para a sua equipa, muito mais que competências técnicas, alguém que possua aqueles valores.

Ora, como é quase unanimemente reconhecido, o actual responsável pela “5 de Outubro” foi e continua a ser um autêntico erro de casting, como ainda agora se vê por mais este episódio da possível fuga de informação relativo ao exame nacional de Português do 12º ano.

De acordo com o Expresso uma gravação áudio circulou nas redes sociais alguns dias antes do exame nacional e que revelava o que ia sair na prova, o que se veio a confirmar. Segundo o áudio, a fuga partiu da "presidente de um sindicato de professores". Na gravação, feita por uma aluna que não se identifica, pode ouvir-se a estudante a dizer: "Ó malta, falei com uma amiga minha cuja explicadora é presidente do sindicato de professores, uma comuna, e diz que ela precisa mesmo, mesmo, mesmo só de estudar Alberto Caeiro e contos e poesia do século XX. Ela sabe todos os anos o que sai e este ano inclusive. Pediu para ela treinar também uma composição sobre a importância da memória e outra sobre a importância dos vizinhos no combate à solidão", acrescenta a aluna.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:13

Junho 19 2017

A fuga dos habitantes do interior, a designada desertificação, é um dos problemas mais graves das economias em desenvolvimento. Inicialmente restrito às carreiras tecnológicas o brain drain alargou-se, entretanto, a todas as áreas do conhecimento, profissões e níveis etários, apesar de se centrar sobretudo nas gerações mais novas. As razões são mais que conhecidas: falta de investimento com a consequente ausência de emprego, a procura de melhores condições de vida e de carreira, a depressão económica e a instabilidade política. Todavia, para as regiões receptoras o brain gain é fabuloso. Estima-se que, de 2010 a 2015, as transferências de recursos humanos tenham rendido às economias dos territórios recebedores um acréscimo de três mil milhões de euros.

Agora acrescente-se a este flagelo, a eucaliptização, a não limpeza de matas, a ilegalidade na reflorestação, aliado à carência de vigilância por parte do Estado e/ou das autarquias, bem como a desresponsabilização por parte da sociedade civil, uma vez preferir assobiar para o lado do que acusar atempadamente, e eis a tragédia na sua exponenciação máxima, a qual temos vindo a assistir nestes últimos dias: os fogos em Pedrogão Grande e concelhos limítrofes. O pior, porém, são as muitas e muitas dezenas de mortes, cuja culpa mais uma vez irá morrer solteira.

Com toda a franqueza, não temos emenda. Todos os anos, Verão sim, Verão não, é sempre o mesmo. Há muito que se sabe que a ausência de pessoas no interior do país e sobretudo a massificação do eucalipto são os principais culpados destas tragédias. No entanto, como a maioria apenas vê cifrões à frente dos olhos, cavamos a nossa sepultura.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:34

Junho 16 2017

Vivemos, sem que se vislumbre algo que justifique tal, tempos conturbados. O Benfica acossado pelos emails, os quais não nega a sua existência, dispara em todas as direcções. Acusa o FCP e o Sporting, usando o já muito estafado estilo: a melhor defesa é o ataque. Ao primeiro, afirma querer a reabertura do “Apito Dourado”, quando sabe que o mesmo já foi julgado e nada se provou. Quanto ao segundo, quere-o levar a tribunal por falsas declarações. O pedido da aplicação da lei da rolha no seu melhor lugar.

Por outro lado, a hipotética mudança da Agência Europeia do Medicamento de Inglaterra para Portugal, mais concretamente para Lisboa, está a incendiar o clima político, sobretudo a nível do PS. A este propósito, um seu eurodeputado, Manuel Santos, chamou cigana a uma deputada socialista eleita pelo círculo do Porto. Vai daí António Costa não faz as coisas por menos, i.e., quer a expulsão imediata daquele acrescentando que o seu actual percurso envergonha o PS.

Desconfio que esta onda de calor anda a dar cabo da mioleira a muita gente.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:07

Junho 14 2017

Nós somos assim. Primeiro, flexibilizamos o que somos, oferecendo, caso seja necessário, promoções, nem que sejam fátuas, depois, criamos novos conceitos de vida que possam corresponder aos nossos desejos e angústias. No fim, tentamos conceber argumentações, as quais, na maioria das vezes, de robustas nada têm, que consigam apaziguar as nossas consciências.

Face ao contexto social vigente, o desenvolvimento de acções que acompanhem e auxiliem os portugueses é o pão-nosso de cada dia. Então, a nível da juventude nem é bom falar. São tantos os paparicos, os enlevos, as soluções ajustadas a cada instante da sua “precoce” vida, isto para falar das desculpas mais esfarrapadas que inventamos para justificar o seu néscio comportamento e, sobretudo, o seu incumprimento dos deveres, já que sobre direitos são catedráticos, que os nossos jovens prolongam este estado bem para lá dos trinta anos.

Costuma-se dizer que nunca se viveu tão bem como agora e jamais tivemos uma juventude tão bem preparada, apesar de discordar muito relativamente a este item. No entanto, continuamos a investir na qualidade dos serviços que lhes prestamos, com especial incidência na clareza e na transparência da transmissão da informação, bem como na personalização e no aconselhamento da solução mais ajustada e sustentável. Tudo isto é verdade e inquestionável. Esquecemo-nos, porém, do mais importante: a educação.

Atenção que não me refiro ao ensino, mas sim à educação que se aprende em casa, com os pais, avós e restante família, sem olvidar, de modo algum, dos valores incorporados pela comunidade circundante. É aqui que assenta o cerne da questão. Enquanto não resolvermos, definitivamente, esta questão, enquanto não nos consciencializarmos de que é muito mais importante, desde pequenino, a imposição do não do que dizer ámen a tudo, não teremos futuro.

Podemos canalizar rios de dinheiro, ajudá-los a ultrapassar constantemente as suas dificuldades, em suma, trazê-los infinitamente ao colo, fazendo desta geração uma elite de babys, que não podemos ficar orgulhosos nos dias vindouros.

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:11

Junho 06 2017

O ensino em Portugal passa por tempos de mudança. Não para melhor, no meu entender, mas, como costumo dizer, manda quem pode, obedece quem deve. Na actual conjuntura, em que a recessão económica ainda está bem presente, o ensino sofre profundas implicações e a relação dos portugueses com o sistema público de ensino tende progressivamente a alterar-se. Com as escolas sob “forte pressão”, ainda que continuem a ser o mecanismo oficial e a coluna vertebral do ensino, os professores, porém, sentem-se, cada vez mais, como algo descartável.

É nessa mesma medida que há que ter em conta a opção pela luta reivindicativa encetada pelos sindicatos dos professores, ao anunciarem meia-dúzia de pontos a que urgia dar resposta. Apesar de estar contra tantos quesitos, pois, conforme aqui disse, dois bastavam, estava com algum optimismo. Porém, hoje mesmo, veio a saber-se que a os sindicatos dos professores à semelhança de muitas outras lutas e ocasiões, contentam-se com umas míseras migalhas, virando as costas à esmagadora maioria dos que diariamente dão o seu melhor nas escolas.

Assim, uns simples “trocados” que obtêm no discernimento sobre o horário dos docentes para o próximo ano lectivo, leva-os a desmarcar – estou a antecipar, mas não tenho a menor dúvida que assim será – novamente uma greve aos exames.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:34

Junho 02 2017

O viver bem, ou como o povo diz “à grande e à francesa”, não escolhe cores e muito menos ideologias. Já o sabíamos pelos exemplos que sempre deram os homens pertencentes à nomenklatura dos ditos países socialistas. Agora, temos a certeza que por cá também se desenvolvem factos que provam isso mesmo.

Senão vejamos. A Câmara Municipal de Almada adquiriu a 24 de maio 43 relógios de pulso por 34,8 mil euros para oferecer aos trabalhadores que atingiram 25 anos de casa. Trata-se de um ajuste direto feito à Ourivesaria Coimbra para a compra de 19 “relógios de homem” que custaram 880 euros por unidade e 24 “relógios de senhora” que ficaram por 756 euros. A autarquia — liderada pela CDU, que é como quem diz pelos comunistas — tem a tradição de oferecer relógios de ouro aos funcionários que atingem este tempo antiguidade, mas nos últimos anos nunca o tinha feito em ano de eleições. Desde 2011, a Câmara de Almada já gastou mais de 152,6 mil euros nestes artigos de luxo.

Todavia, também é do conhecimento público que a maioria das autarquias apenas oferece um diploma, em cerimónia pública de homenagem, aos seus funcionários quando atingem 25 anos de casa.

Já agora, quando fiz 25 anos ao serviço do ME ninguém se lembrou de me oferecer o que quer que fosse. Nem um simples postal! Que empregador!!!

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:56

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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