De acordo com a imprensa, a partir desta terça-feira todas as entidades públicas e privadas, com atendimento ao público, estão obrigadas a darem prioridade a idosos, deficientes, grávidas ou pessoas com crianças de colo.
Isto que aparentemente parece ser uma boa ideia, mais não é que o Estado a intrometer-se, e cada vez mais, na esfera pessoal do cidadão. O que até aqui sempre foi resolvido com recurso ao bom senso e, sobretudo, à educação, a partir de agora passa a ser feito por obrigação legal.
Em boa verdade podemos acrescentar que em vez de se apostar em instruir para os bons princípios – dar a primazia a idosos, grávidas, pessoas com crianças ao colo, portadores de deficiência e, em determinadas circunstâncias, também às senhoras –, bem pelo contrário, i.e., legisla-se, já que esta tomada de posição é muito mais fácil.
Um dia destes veremos leis que preceituarão o dizer “com licença, desculpe, por favor e obrigado”.
Por último, como será quando chegar uma senhora com idade inferior a 60 anos e que diga estar grávida, ainda que não se note qualquer proeminência? Terá que mostrar o devido atestado médico?