O meu ponto de vista

Novembro 30 2016

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Podem dourar a pílula, chorar baba e ranho, gritar loas sem fim, afirmar que foi o pai do povo cubano, que elevou a instrução e a saúde dos seus concidadãos a níveis exponenciais, entre outros epítetos elogiosos. Todavia, para a história da democracia, tal como a concebemos e sempre sonhámos viver, Fidel não pode ser caracterizado de outro modo que não seja ditador. Ponto final parágrafo.

O luto, decretado após a sua morte, pode durar imensos dias ou até várias semanas, estando o “povo” obrigado – não tenhamos medo das palavras – a prestar-lhe homenagem. Aliás, ai daquele que falte nesta hora, pois acontecer-lhe-á o mesmo que sucedeu a muitos outros que, enquanto vivo, se recusaram prestar-lhe culto, i.e., a prisão, o degredo e o assassinato.

Não é por acaso que, por estes dias, nas redes sociais, se afirma que todo o comunista enseja ardentemente ser um novo Fidel, ou seja, governar sozinho uma ilha com milhões de servos fiéis.

Observe-se, por outro lado, a que chegou o fanatismo dos seus apaniguados, os quais continuam, apesar das ténues aberturas, a dirigir aquela ilha caribenha com mão-de-ferro: na televisão cubana não é permitido dizer bom dia, boa tarde ou boa noite enquanto durarem as exéquias. Presumo que publicamente as pessoas também estejam proibidas de dizer algo semelhante.

Ontem, em crónica publicada no Público e assinada por João Miguel Tavares, perguntava-se, e bem, do porquê de chamar ditador a Salazar e a Pinochet – algo que pessoalmente não me repugna – e apresentar pruridos no uso do mesmo epíteto relativamente a Fidel? Só porque aqueles não lideraram revoluções de esquerda? Que se saiba não assassinaram tantas pessoas, o desenvolvimento industrial foi, sem comparação, muito maior e, de modo algum, isolaram os respectivos países como o ex-líder cubano fez.

É evidente que o PCP apresentou e fez aprovar na AR um voto de pesar, algo que não estranhamos. Porém, o que dizer do voto patenteado pelo PS? Sim, sim, pelo PS e aprovado, como é óbvio, pelos comunistas. E lamento mais ainda que tenha havido deputados sociais-democratas a absterem-se na respectiva votação.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:35
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Novembro 29 2016

Cada vez mais enchemos a boca com exigência e responsabilidade. A começar pelos mais novos, já que é de pequenino que se torce o pepino, lá diz o ditado. Todavia, na prática, os pais quase nunca se atrevem a dizer não, isto para não falar em que lhes dão tudo o que pedem e os deixam, em termos de ser e estar, conforme muito bem querem.

O ex-ministro da Educação, Nuno Crato, apesar dos erros que cometeu – o número destes é, em princípio, proporcional à quantidade de trabalho – tentou implementar um ensino de responsabilidade. Manda a verdade dizer que, por este e outros motivos, lhe deram porrada de água a jarra. Mais, a Fenprof, organização insuspeita de alguma ligação à Igreja, comparou-o a um autêntico anti-Cristo, movendo-lhe uma cruzada constante.

Bem, segundo notícias hoje vindas a pública, tal política começa a dar os seus resultados. De acordo com o Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS), um estudo internacional que avalia o desempenho dos alunos do 4.º (e do 8.º ano) de escolaridade a matemática e ciências e que foi aplicado no final do ano lectivo de 2014/2015, os alunos portugueses do 4.º ano estão melhores a Matemática do que aqueles que terminaram o primeiro ciclo do ensino básico em 2011, tendo até ultrapassado a Finlândia.

Como não há bela sem senão, aos conhecimentos a Ciências decresceram. Por isso, ninguém me tira da cabeça de que se os exames fossem alargados a todas as disciplinas, também aqui o resultado seria diferente.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:25

Novembro 28 2016

Escrevi o outro dia que nas recentes eleições americanas não foi apenas Hillary Clinton que perdeu. Clamorosamente quem saiu derrotado foram as sondagens, as quais, como é do conhecimento, geral, previam a vitória clara de ex-Secretária de Estado.

Pois bem, neste fim-de-semana, cá no burgo, também deram à estampa as mais recentes sondagens, as quais dão quase a maioria absoluta ao PS, colocando este em autêntica maré eufórica e até polvorosa. Pudessem eles ter a certeza absoluta da fiabilidade de tais previsões e, estou certo, tudo fariam para provocar a queda do actual governo, de modo a ganhar a maioria absoluta em novas eleições.

Ora, os consultores de imagem e os profissionais de publicidade mais resilientes aprenderam há muito que, tal como as tempestades e as mudanças de clima tendem a fazer-se anunciar aos idosos pelas dores reumáticas, também o desvanecer de alguma crispação social e, sobretudo, o facto de as pessoas sentirem mais algum dinheiro nos bolsos tendem a fazer-se sentir com antecedência e a manifestarem-se de maneira igualmente mais colorida nas sondagens.

Até que um dia, obedecendo às leis da impermanência que regem a Humanidade, surgirão novos sinais, não digo diabólicos mas, com toda a certeza, não benéficos. Nessa altura podem apostar que os homens das sondagens serão os primeiros a notá-los. É evidente que a sorte protege os audazes e se António Costa tem sido algo é corajoso. Porém, já lá diz o ditado “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”.

Adenda: com esta solução governativa a Caixa não encaixa. Voltarei a este assunto, apesar de desencaixar das mais elementares normas de bom senso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:09

Novembro 25 2016

Comemora-se hoje o 41º aniversário do “25 de Novembro”. Para quem não é desse tempo ou preferiu esquecer recordo que nesse longínquo ano de 1975 caminhávamos, por iniciativa do PCP e grupelhos adjacentes, onde pontificava, entre outros, o ex-MES, para um modelo bolchevique de organização do regime, autoritário, fortemente repressivo, baseado num modelo de partido único e sem liberdade de expressão.

Relembro que nesses tempos – hoje ainda, mas de um modo mais suave e rebuscado – O PCP lutava contra a tradição democrática parlamentar e a pluralidade partidária, sindical e associativa. Estava liminarmente contra a Comunidade Económica Europeia e a NATO. Lutava, apesar dos seus apenas 15% de votos, encarniçadamente a favor da apropriação colectiva dos meios de produção, do controlo operário e da nacionalização das empresas e grupos económicos. A livre iniciativa privada e o mercado eram constantemente colocados em causa, bem como a propriedade privada dos meios de comunicação social.

O golpe militar, comandado pela ala moderada dos militares, onde pontuava Ramalho Eanes, Melo Antunes, Victor Alves, Jaime Neves, entre muitos outros, foi a resposta democrática à deriva iniciada com o “11 de Março” cujas «conquistas» foram ilegítimas, ilegais, forçadas e por vezes violentas.

Por fim, é conveniente não olvidar que o “25 de Novembro” evitou uma guerra civil já que o rumo do país contrariava totalmente os resultados das eleições e, por isso, certamente que as populações, a maior parte dos militares e as instituições teriam reagido fortemente, como aliás já havia sinais claros.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:10

Novembro 24 2016

É costume afirmar-se que isto já não é o que era. Que dantes é que era bom. Não é sinónimo de velhice, tanto mais que não falo em termos etários. Agora que tudo isto mudou de há um ano para cá, mudou. E mudou substancialmente.

Os telejornais já não são o mesmo. As nossas ruas, sobretudo às sextas-feiras, deixaram de ter o encanto de outrora. São, salvo as devidas excepções, uma autêntica pachorra. Desde que o PCP e BE se aliaram ao PS, para suportarem o actual governo, não há diariamente o Arménio Carlos, a Ana Avoila e, muito menos, o Mário Nogueira a entrar pelas nossas casas adentro ameaçando-nos com o fogo do Inferno. Que saudades e, sem cair em contradição, que alegria. Que bom esta paz. Sem querer ofender quem quer que seja, parece Deus com os anjos.

E as nossas ruas à sexta-feira à tarde? Recordam-se como era há dois e mais anos atrás? As manifestações sucediam-se e o trânsito, já de si caótico, tornava-se insuportável. Agora? É vê-lo correr. Senão fossem as obras nas ruas e a fraquíssima prestação dos transportes públicos e todos fluiríamos como se fosse fim-de-semana ou férias.

Bom, não há nada como estar comprometido até à medula com a governação, apesar de, por vezes, numa tentativa de enganar o pagode, digam o contrário, chegando a anunciar uma ou outra crítica. Engolem sapos, elefantes até, mas tudo bem. É em prol da classe trabalhadora (!!!)

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:00

Novembro 23 2016

Chegou verdadeiro o Inverno. Dias pequenos, muita chuva e frio caracterizam esta época do ano. Que tem o seu encanto, é uma verdade insofismável. O aconchego do lar, o calor da lareira, com o crepitar da madeira seca a ser consumida, a gastronomia típica desta época – feijoada, sarrabulho, cozido, chanfana, entre tantas outras iguarias -, para não falar na quadra natalícia, tornam estes meses muito especiais. Então o Natal, com a ideia de família que lhe está subjacente, fazem crescer em nós desejos sinceros de humildade, solidariedade, onde o que há de melhor em nós sobressai.

Todavia, também é verdade que o frio e a chuva – absolutamente necessários – fazem-me sentir saudades do calor e, sobretudo, da praia. Nostalgia das sardinhas a estalarem na brasa, das febras e bifanas a saírem directamente para o pão, das saladas abundantes, das bebidas refrescando as gargantas sequiosas de quem festeja, falando, cantando, dançando, ou seja, aproveitando os dias longos e soalhentos e as cálidas noites.

Anseio por um tempo em que uma sombra fresca de um parque é um pequeno oásis, por uma esplanada construída no jardim, onde reúna os amigos à volta da mesa e a conversa parece não ter fim à beira de petiscos de fazer crescer água na boca.

Conto os dias para que cheguem os momentos do dolce far niente, em que há tempo para tudo e para todos. Os passeios, as visitas, a animação e a alegria desprendida, adiadas por meses e meses de trabalho ou de impossibilidade meteorológica, são colocados em dia.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:14

Novembro 22 2016

Nas últimas semanas surgiram, ainda que timidamente, algumas boas notícias nos meios de comunicação social. Por um lado, os indicadores de clima económico e de confiança dos consumidores recuperaram ligeiramente. Por outro, registou-se nova queda do desemprego. É certo que são dados relativos ao terceiro trimestre do corrente ano, i.e., meses de forte tendência turística, em que, sobretudo, a área dos serviços se sente fortemente favorecida.

Todavia, é triste ver como determinadas pessoas embandeiram em arco, fazendo a festa, deitando os foguetes e ainda apanhando as canas. Esquecem-se de que todos estes factores, positivos é certo, necessitam de ser consolidados e não é por um trimestre positivo que o saldo do ano irá ser esplendoroso.

Num ano em que Portugal irá atingir – as previsões para isso apontam – os objectivos do défice, não deixa de ser caricato – estou a ser benévolo - que a dívida pública atinja limites nunca antes alcançados, ou seja, superior a 133% do PIB. Para os mais leigos, isto quer dizer que mesmo que conseguíssemos juntar toda riqueza que o país produz num ano, não gastando o que quer que seja (salários, bens e serviços), vivendo literalmente e na prática do ar, não conseguiríamos pagar a totalidade da dívida, uma vez que ficariam ainda 33% por pagar. Ora, numa altura em que os nossos juros continuam a crescer a olhos vistos – já vão quase nos 4% - em vez de diminuirmos a dívida, aumentamo-la. Assim, não admira termos a segunda maior dívida da EU.

É evidente que a maioria anda contente, para não dizer um tanto e quanto eufórica. Pudera! Têm mais dinheiro e sentem o ambiente político mais desprendido. Por isso, não admira que até assobiem para o ar. Aliás, já lá diz o ditado “tristezas não pagam dívidas”. Alegrias também não, mas que importa, “enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”.

Não quero ser ave de mau agoiro e muito menos proclamar aos quatro ventos que vem aí o Diabo. Mas que o tempo da “porrada” há-de chegar não tenho a menor dúvida. Não há almoços grátis. Não se pode distribuir aquilo que não se criou. Dar e abundantemente aquilo que se vai continuamente pedir lá fora, não é estratégia inteligente, é estupidez, a qual mais cedo que tarde, havemos de pagar. Com ou sem novo resgate logo se verá. Mas que pagaremos, pagaremos e, mais uma vez, com língua de palmo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:42

Novembro 18 2016

Uma das notícias de ontem prendia-se com o reforço de equipamentos para as polícias deste país. Um dos jornais de referência titulava que “multas vão ajudar a pagar obras, tecnologia e material das polícias”. Quer isto dizer, numa linguagem muito terra-a-terra, que se as nossas forças de segurança, vulgo PSP e GNR, querem ter melhores quartéis, tecnologias informáticas actuais e automóveis que andem, para não falar noutros bens, só lhes resta uma solução: andarem 24 sobre 24 horas na rua à caça do condutor incauto.

Pouco importa a ladroagem, as malfeitorias, os desacatos na via pública ou em casa, bem como outros crimes similares, pois estes não dão direito a multas e, nessa ordem de ideias, não geram receitas. Pior ainda, acarretam despesas.

No fundo é uma maneira encapotada de aumentar o orçamento das forças de segurança. Os nossos impostos e taxas apenas servem para alimentar a já obesa máquina estatal. Quando esperamos que sirvam para a educação, saúde, justiça e outras questões sociais, entre as quais a nossa segurança, não. Esta última recebe umas migalhas e se quer mais que, como se costuma dizer meio a sério, meio a brincar, que os respectivos profissionais vão para a estrada.

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:10

Novembro 16 2016

Imensas pessoas têm perguntado do porquê de tantas vezes fazer referência ao período que engloba os meses de Julho e Agosto de 2009. É uma época longínqua, é certo, mas que passados sete anos continua extraordinariamente viva na minha memória. Foi um espaço temporal que, quer profissionalmente, quer afectivamente, muito alterou o rumo da minha existência. E sem dúvida para melhor, principalmente no que respeita ao último item.

Quanto custa investir num cargo? Quanto custa investir numa pessoa? Se o talento é tão importante quanto (da boca para fora) afirmamos quais são as nossas respostas e, sobretudo, o nosso modo de ser e estar perante tal? Sinceramente, vi excelentes exemplos, mas também fui confrontado com deploráveis atitudes.

Existe uma velha – não propriamente em termos etários - geração que ainda não percebeu que o mundo mudou. Gente que acredita ainda, por exemplo, que o talento é algo comum a quase todos. O que me choca. Resquícios, sem dúvida, de um igualitarismo sem sentido.

Nesses meses em que a estratégia se baseou no muito e bom, contrariando a máxima de “muito e depressa não há quem”, fiz jus à indagação “quanto queres crescer?”, respondendo “o máximo possível”, mas sem que isso levasse à instabilidade e muito menos destruindo a produtividade.

Foi um tempo prolongado no tempo. É que a dilatação se estendeu pelos meses e anos seguintes. Tempo em que deixei de estabelecer contratos intemporais. Tempo em que a incerteza deixou de existir e o drama (!!!) diário de acordar diferente - em termos geográficos, físicos e emocionais – passou a ser um contributo potencial para o crescimento.

Tempo esse em que recordo determinadas pessoas. Essencialmente no plano afectivo, claro está. Felizmente já “morreram”. Aliás, se viveram mais tempo que o razoável foi porque as “alimentei” com crédito insustentável, como autênticas imparidades. Em boa verdade detinha uma “empresa” cuja actividade arrastei durante anos e anos, a maior parte do tempo com recurso a bónus indevidos, até que finalmente encerrou. Algumas das pessoas que, durante anos e anos, trabalharam comigo estuporaram todas e mais algumas oportunidades, uma vez que pouco ou nada investiram. A destruição nem sempre é desvantajosa. Muitas vezes liberta o caminho para iniciativas saudáveis, de modo a investir em pessoas ganhadoras.

Muitas pessoas conheci posteriormente, dignas de mais-valias. Estes recursos humanos foram e são o que tenho de melhor. Se assim é, então, devo passar a maior parte do meu tempo a olhar para elas e não para o passado.

publicado por Hernani de J. Pereira às 14:41

Novembro 15 2016

A História repete-se. Quando era adolescente aprendi que “a História é uma sucessão de sucessos que se sucedem sem cessar”. Acrescento que hoje em dia é comum e plenamente aceite afirmar-se que aquela área do conhecimento também é feita de fracassos, tragédias e desvios à “norma”, factos que, aliás, tem feito muito mais pela evolução da humanidade que os êxitos.

Os comentadores do establishment, salvo as raras e honrosas excepções, são unânimes em classificar a eleição de Donald Trump como catastrófica, só comparável ao que se viveu em Sodoma e Gomorra, com as consequências que todos conhecemos. No fundo, para eles é a pior coisa que poderia acontecer ao Mundo.  e um mais que previsível caminho para a III Guerra Mundial. Alguns e algumas chegam mesmo a dizer que querem imigrar deste planeta. Indago: demoram muito?

Pouco importa que os americanos livremente tenham escolhido Trump, uma vez que, no esplendor do seu alto discernimento, os aludidos (excelsos) comentadores, sem excepção politicamente correctos, acham que todos aqueles que votaram naquele são analfabetos, incultos, sexistas, homofóbicos, segregacionistas e anti qualquer coisa. Salazar também tinha umas ideias semelhantes. Bem, não é por acaso que os extremos se tocam …

A maior parte dos mencionados escrevinhadores da nossa praça, portadores de enormes complexos de esquerda, do alto das suas cátedras negam a evidência. Estão-se nas tintas para o facto dos americanos, tais como os europeus estarem cansados da classe dirigente, a qual, apesar de mudarem as moscas, a m… é sempre a mesma, já que se sustentam desde jovens do sistema, irreformável, absolutista e intocável.

Quando a classe média e não só, mas principalmente esta, verdadeiro motor de qualquer país civilizado, não é ouvida, bem pelo contrário é explorada, espezinhada nos seus mais que justos e legítimos anseios, só lhes resta desejar a vinda de alguém que, pelo menos, prometa a implosão do referido sistema. E os europeus coloquem as barbas de molho, pois o que se vê em França, Finlândia, Alemanha, Itália e muitos países do Báltico, com organizações políticas de extrema-direita a ganham terreno a olhos vistos, é coisa para ficar muito apreensivo.

E não caiam, os actuais dirigentes, na tentação de dizer que são os movimentos populistas que embusteiam os ingénuos dos cidadãos. Não, mil vezes não. São eles, através seus exemplos e práticas, que levam a esse estado.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:09

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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