À medida que percorro o passeio ribeirinho, coloco os olhos na calçada: as pedras negras e brancas sugerem as linhas que um velho lobo-do-mar riscou na areia da praia, para contar uma aventura imensa que envolve heróis e fantásticas figuras marinhas, tempos de bonança e de tempestades, histórias felizes e cruéis.
Levanto o olhar e reparo nos barcos que ainda persistem na praia, voltados de casco para cima, porque a faina do mar começou muito cedo. Reparo na tez morena de quem enfrenta o sol, o vento e o ar marítimo, as tempestades, as ondas, a força de quem puxa as redes do mar fundo…
A hora do almoço aproxima-se e começo a sentir o aroma do peixe na grelha, dos petiscos e das caldeiradas que apuram ao lume. A um deles nos dirigimos …
Depois, é tempo de voltar à estrada. Os pinheiros mansos descem ao longo da encosta da colina, ensombrando os caminhos de terra que culminam num talude, feito de troncos de madeira, que alongam o caminho a perder de vista. A separar-nos da estrada, do lado direito, há canteiros de flores e plantas aromáticas, típicas das regiões mediterrânicas.
De vez em quando o rio espreita por entre as casas construídas ao longo da costa, onde as águas e o mar já se misturam. E, chegados ao fim do dia, numa das casas repousamos.
A noite, sim a noite, essa é apenas nossa!!!