A promessa tinha sido feita e as escolas assim esperavam que viesse acontecer. Não é que todos concordassem com a medida, uma vez que, a ser implementada, tal acarretaria um aumento de despesa, a qual, segundo os especialistas, poderia chegar aos 700 milhões de euros.
O certo, é que não haverá uma diminuição de alunos por turma, como, pelo contrário, nos próximos anos aumentará. É o que reza o Despacho Normativo n.º 1-H/2016, de 15 de Abril, que, a pretexto de querer introduzir uma maior inclusão dos alunos com NEE nas respectivas turmas, obriga estes a terem pelo menos uma carga de 60% de tempo curricular para que aquelas sejam reduzidas, i.e., sejam constituídas por um máximo de 20 alunos.
Ora, para corroborar o que anteriormente se referiu, basta atentar que um aluno com deficiência cognitiva grave e sujeito – por especialistas, como é óbvio - à leccionação de Português e Matemática Funcional (aplicada à vida do dia-a-dia), no âmbito do seu CEI (Currículo Específico Individualizado), para que a turma não possa ter direito à redução.
Se isto é grave, tanto ou mais é o silêncio da Fenprof, a qual, em tempos não muito distantes, vociferava contra tudo e contra todos. O suporte ao governo por parte do BE e, sobretudo, do PCP a isso obrigam.