Porque queres andar ou continuar a andar comigo? É a pergunta de ouro, sacramental até, que qualquer mulher faz a um homem. Parece demasiado óbvia, mas nem sempre lhe atribuímos a devida importância e muito menos há os que verdadeiramente sabem como responder.
Quer se trate de uma conversa olhos nos olhos, por telefone ou por outro meio qualquer não há como lhe escapar. O objectivo de quem indaga é tão básico quanto a questão parece ser a uma primeira análise – perceber o que leva o outro a querer andar com ela -, mas esta pode ser uma pergunta com “rasteira”.
Qualquer mulher sabe que um parceiro (ou candidato a tal) entusiasmado com a (eventual) relação, comprometido com os resultados, como hoje se costume dizer por tudo e por nada, é “produtivo” e, sobretudo, fiel. Na prática, e traduzindo isto por “miúdos”, um homem dedicado, “trabalhará” bem e será, o que é, certamente, a cereja em cima do bolo, muito pouco permeável à mudança para outra(s).
Ora, é isto tudo que um homem tem de demonstrar na resposta à questão acima formulada. Simples? Não, de todo. Dizem os entendidos que, para não parecer demasiado ansioso, genérico ou inócuo, a resposta exige sinceridade, destreza e rapidez, ainda que relativamente à primeira se possa ser o maior mentiroso do mundo. Mas como dizem que mais vale parecê-lo que sê-lo …
Fazer, nem que pela primeira vez, ou continuar a fazer uso dos tradicionais “chavões”, aludindo à beleza extraordinária, ao carácter excepcional, à postura de deusa é meio caminho andado para o desastre. Qualquer mulher gostará de perceber, antes de mais, que investiu e/ou investirá o seu tempo a conhecer aquela pessoa, a analisá-la e interpretá-la ao ponto de poder responder, com clareza, onde é que a interligação se traduz numa vantagem para si.
Neste processo deve, contudo, ter alguns cuidados da delimitação da informação que pode focar e naquela onde não deve entrar numa primeira abordagem. Nesta aponte, essencialmente, a questões ligadas à cultura geral, ao sector de actuação pessoal (o que faz, o que presta e o que cativa neles), a filosofia e a missão que o acompanha e as oportunidades de crescimento que oferece. Abordar questões como sejam, por exemplo, gestão de dinheiros, cuidado dos filhos e problemática de férias pode levar a mulher a pensar que está mais interessado na componente financeira do que nela propriamente. Deixe esses aspectos para ulteriores conversas ou para momentos antecedentes a uma efectiva ligação.