Nos últimos anos, à medida que ganharam notoriedade, as escolas de alto desempenho dependem, cada vez mais e como é óbvio, das pessoas que as integram e quando tentamos identificar as principais características encontramos a capacidade de mudar, a participação activa e, sobretudo, a coragem para se reinventar diariamente.
Sobre a primeira muito já escrevi e qualquer manual sobre recursos humanos e gestão a aborda sistematicamente e melhor que eu. As outras duas, porém, parecem-me esquecidas ou pouco mencionadas. De uma forma sucinta tentarei ir ao seu encontro.
Que me perdoem os superentendidos em análise futebolística por recorrer a tal analogia, mas diria que, para entender aquelas duas vertentes do sucesso, é necessário controlar os seguintes factores:
- Exógenos – conhecer o adversário, ou seja a concorrência; dominar o terreno, i.e., o tipo de discentes; e por último o meio ambiente onde se está inserido.
- Endógenos – ter consciência das próprias forças e fraquezas; desenvolver estratégias contendo propostas de valor e planeamento; focagem na vitória.
Depois, na acção concreta, no terreno, é fundamental jogar com disciplina e exercer constantemente uma pressão alta ou, dito por outras palavras, jogar ofensivamente. E tal e qual como no futebol, dependendo da fase do jogo, toda a equipa, repito, toda a equipa apoia o ataque ou a defesa e todos os jogadores do modo mais assertivo possível participam no jogo.
Como é evidente, momentos haverá para celebrar, para levantar uma, duas, três vezes do chão, alturas em que são observadas faltas ou foras de jogo inexistentes num golo que foi anulado, colocando-nos em desvantagem, entre outras situações.
Importa, contudo, focarmo-nos no jogo, garantir que cumprimos as regras e, acima de tudo, acreditar que somos os melhores.