Há limites para tudo, como se costuma afirmar. Todavia, imensos agentes políticos de topo, hoje-em-dia, principalmente os designados “jovens turcos”, mercê da sua ânsia de mostrar serviço e fundamentalmente de darem a conhecer a sua extrema fidelidade ao (querido) líder, esquecem-se dessa regra de ouro.
O último exemplo conhecido veio do deputado do PS, Tiago Barbosa Ribeiro, o qual apelidou Cavaco de Silva de "gangster", só porque este, no uso pleno dos seus poderes constitucionais, não indigita, de imediato, António Costa para formar um novo governo
É bom referir que aquele membro (indigno) do Parlamento apresentou, posteriormente, um pedido de desculpas através do Twitter. Todavia, uma vez cavalgadura, jamais será cavaleiro.
Todos sabemos a urgência que a maioria do PS, bem como os seus actuais compagnons de route, leia-se PCP e BE, tem de ir para o governo. Não pelas melhores razões, é certo, mas que denotam um frenesim e um nervosinho não muito miúdo, isso é verdade.
Uma coisa, porém, é querem tomar de assalto o poder, outra, bem diferente, é quererem-no a qualquer preço. E pior ainda é, para quem não lhes faz a vontade, ser insultado com os impropérios mais soezes.
Que os boys estão impacientes pelo saque, assim como outras corporações, todos temos consciência disso. Todavia, algum bom senso é necessário.