O meu ponto de vista

Julho 30 2015

Eu bem avisei. Com o acelerar da pré-campanha eleitoral os nossos responsáveis políticos, aliás todos, sem excepção, muito previsíveis, a modos que ensandeceram.

Ora, argumentam que o programa dos outros não tem validade, faltando-lhe objectivos claros e concretos, ora, os segundos, dizem exactamente o mesmo relativamente aos primeiros.

Com tal comportamento manda a verdade dizer que mais parece estarmos numa pedarquia.

O que me vale é o sol, a praia e o peixe grelhado, acompanhado de um bom vinho branco fresco.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:52

Julho 27 2015

Existe uma natural apetência para o envolvimento em contextos de jogo, sejam eles políticos, profissionais ou afectivos, bem como na resolução de problemas/enigmas e afins. As respectivas mecânicas dos aludidos jogos são meios para (des))motivar comportamentos específicos com um elevado grau de (in)sucesso, dada a natural motivação associada.

Muitas pessoas comunicam através de comportamentos, produtos ou canais de comunicação “joguificados”. A nível afectivo, a “joguificação” está a ser usada como meio para (des)motivar outros com problemas de afiliação, formação e desenvolvimento.

Todavia, enganam-se aqueles que julgam que esta estratégia apresenta custos significativamente menores que outras soluções. À priori até pode pensar-se que sim, mas a médio e, sobretudo, a longo prazo, os custos serão exponencialmente maiores. A vida está muito longe de ser um jogo, mas que para determinadas pessoas o é não tenho a menor dúvida.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:14

Julho 22 2015

As últimas notícias podem, como acontece com a maioria, ser analisadas por vários ângulos. Em alguns casos as mesmas podem ser sobrevalorizadas nas suas repercussões, em comparação com outras, e tendo em vista o contributo que podem dar, em particular, na prevenção de estados de alma e promoção do bem-estar, o que só por si já era bastante, isto sem falar que poderia representar novas oportunidades para muitos dos implicados.

A esmagadora maioria dos interessados exerce funções tendo em conta a confiança instalada. Ora quando esta se quebra, algo fica mal no “reino da Dinamarca”. Por isso mudar o actual cenário passa também por reconhecer a (in)capacidade para os principais actores exercerem a sua acção para além dos seus domínios.

Presumo que os escolhos recentemente surgidos, motivados por falta de diálogo e curialidade – há quem fale até em traições -, podem e devem ser ultrapassados com a procura de afinidades, motivações e disponibilidade.

E ainda há tempo!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:58

Julho 20 2015

E aqui estou inspirado pela ideia de aproximação de dias de praia, peixe fresco assado no braseiro – semelhante ao cantado por Rui Veloso -, e pelo desenvolvimento de conversas próprias da estação.

Sendo a praia e, sobretudo, a luminosidade destes esplendorosos dias, um bom tema de inspiração, abordo esta em tudo o que ela representa. Uma vida saudável e bem cuidada reflecte a luz e também uma das grandes expectativas em matéria de bem-estar.

Deste nosso país não nos chegam grandes notícias. Contudo, como temos vindo a observar, a oriente é muito pior, pelo que de certo modo, temos de dar graças a Deus.

Em matéria de perpectivas futuras, e tendo em conta as tendências do nosso quotidiano, temos de ir, pelo menos por agora, ao encontro do que mais nos prende, algo que sugere aromas e cores da natureza, oferecendo-se como composições subtis e harmoniosas e, por vezes, surpreendentes. As novidades confirmam estas tendências e trazem-nos boas surpresas.

O que actualmente me rodeia é também inspirador. Há um novo estilo romântico que se afirma nas novas tendências e prenuncia um Verão muito requintado.

Isto promete!

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:59

Julho 17 2015

A máscara é uma das formas que se adapta a quase todos os estilos e ocasiões. Tanto podemos usá-la para dar um toque de elegância mais ou menos discreto no dia-a-dia, como para levar ao extremo o significado daquilo que não somos.

Não existe nada melhor para realçar um outro ser do que colocar uma máscara. Sim, bem sei, que esta é a protagonista de algo que, por vezes, somos obrigados, no sentido literal do termo, a usar. Contudo, na maioria das ocasiões em que as colocamos, tal serve para camuflar o que de moralmente possuímos de mais baixo, o que de forma eticamente diminuída se apoderou de nós.

Assim, por muitas máscaras novas que possamos, dia após dia, colocar e por muito que nos possamos tentar enganar e, simultaneamente, presumir de que o nosso embelezamento aumentou, manda a verdade dizer que mais cedo ou mais tarde tal “artefacto” cairá e, aí, surgirá em toda a sua plenitude, o que genuinamente somos.

A máscara, todos temos consciência de tal, deveria ser o último modus operandi da nossa prática diária. Todavia, apesar de uma não dever ser colocada sobre a anterior, o certo é que muitos dos nos rodeiam – alguns juram a pés juntos nunca usar tal mas, no fundo, animus abutendi – para melhor nos iludir, senão todos os dias, pelo menos quase, mudam-na sucessivamente.

Uma dúvida. Dormir com a(s) máscara(s) colocada(s) durante o dia não é aconselhável. Porém, indagações se impõem: será que à noite, aquando de encostar a cabeça no travesseiro, a aludida máscara não cairá? E as lágrimas rolarão? E se estas brotarem será de arrependimento (!!!) ou de raiva?

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:32

Julho 14 2015

Nestes tempos de enorme incerteza e de uma volatilidade galopante falar de um tema, seja ele qual for, é ter a certeza do que disser hoje, amanhã é desmentido. Por isso, para quem gosta de escrever e tem, de certo modo, alguma obrigação para com os seus leitores, uma vez que para tal muito contribuiu, os dias que correm não são fáceis.

Entrar pelos terrenos da política, seja ela nacional ou internacional, é como avançar sobre areias movediças ou barro em tempo de chuva, i.e., o mais certo é enterrar-se e/ou estatelar-se ao comprido. Então, em tempos de corrida eleitoral o mais acertado é o recolhimento, tanto mais que aquilo que escrever, por mais inocente que seja o propósito, pode ser sempre olhado por, pelo menos, dois prismas: o do actual status quo ou o da oposição.

Bem, com isto não quero dizer o fim de quer que seja, muito menos deste blogue, mas simplesmente o de abrandar, de algum modo, o frenesim de crónicas quase diárias. A silly season também dá uma ajuda.

Por outro lado, há que ter respeito por quem diariamente contribui para as centenas de visitas deste local e, deste modo, dar-lhes algum descanso. Assim sendo, nada de se admirarem do espaçamento da publicação de artigos. Eu, tal como vós, também necessito de repouso, tanto mais que a tarefa de escrever algo quase todos os dias não é tarefa fácil e, ainda por cima, quando é realizada de forma gratuita. Que o digam os milhares e milhares de blogues que nos últimos anos têm encerrado. A título de exemplo, e não querendo, nem de longe, nem de perto, comparar-me ao “Educação do meu Umbigo”, do Paulo Guinote, o certo é que este “fechou portas” devido essencialmente ao cansaço e à inexistência de proficiência prática.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:19

Julho 10 2015

Foram ontem publicados os resultados das provas finais de Português e Matemática do 9º ano. Destes ressalta, relativamente a 2014, a subida em Português em três pontos percentuais e o mesmo valor, mas em sentido inverso, no respeitante a Matemática, originando nesta última uma média inferior a 50%, isto para não falar dos 1600 discentes que tiveram zero pontos, i.e., nem 0,1 conseguiram. É obra!

Os motivos para tal hecatombe são muitos e há-os para todos os gostos. Desde o pouco investimento que o 1º CEB faz nesta matéria, passando pelos pais cuja colaboração senão é nula é quase, passando pelo deficiente esforço por parte dos alunos, pelo tipo de prova e terminando nas erradas estratégias aplicadas por muitos docentes.

Contudo, o que sei é que não é dando mais do mesmo que se encontra a solução. Por exemplo, a larga maioria dos docentes de Matemática, por sua pressão e pela demissão/omissão de orientações próprias dos conselhos pedagógicos e com a conivência das direcções, usa as suas horas de componente não lectiva como apoios aos alunos com dificuldades, ou seja, repito, dando mais do mesmo até à exaustão.

Ora, está mais que provado que tal modelo se encontra esgotado e poucas ou nenhumas melhorias acarreta. No entanto, estou plenamente convencido que no próximo ano irão ter ainda mais horas para apoio. Querem apostar?

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:52

Julho 09 2015

Os mais atentos sabem muito bem do porquê de António Costa, desde que o Syrisa tomou o poder na Grécia e, sobretudo, nos últimos meses, apelar constantemente para que o governo português não se constitua como obstáculo a um acordo para resolver a gravíssima situação económica-financeira naquele país, mas sim que contribua para a solução.

Ora, como a solução, de acordo com o governo grego e, principalmente, tendo em conta o mandato que recentemente recebeu por via do referendo, passa pelo fim da austeridade, o que, na prática, consubstancia senão um perdão da maior parte da dívida, pelo menos o reescalonamento da mesma.

Assim, caso esta solução vá adiante, os socialistas - e não só – viriam de imediato reclamar contra as medidas de austeridade imposta por Pedro Passos Coelho nos últimos anos, afirmando que se este tivesse a mesma atitude de Tsipras os portugueses teriam vivido estes quatro anos regalados e sem preocupações. Relembro o que disse esse grande político, agora reduzido à cela 44 da Prisão de Évora: “é estupidez pensar que a dívida dos estados se paga. Esta apenas se deve gerir”.

Como é óbvio, o actual governo, pelo contrário, anseia pela derrocada total da Grécia - e já agora a maioria dos portugueses -, por muito que diga o contrário, já que apenas deste modo pensa conseguir convencer que as duras provas que obrigou o povo português a passar tiveram sentido.

Uma coisa é certa: estamos numa situação muito diferente da Grécia e isso é excelente. Já imaginaram a vidinha que levaríamos com os nossos bancos fechados há tantos dias?

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:36

Julho 08 2015

É costume ouvir-se a gabarolice dos lampiões acerca do número dos seus adeptos, os quais, segundo eles, ultrapassam os seis milhões de portugueses (!!!). Agora, não querendo ter atitude diferente, o excelso juba Bruno Carvalho, todo-poderoso presidente do SCP – os cemitérios estão cheios de indivíduos cheios de razão e com coração de leão pronto a esganar quem que seja -, afirma que os resultados dos verdes e brancos afectam para o bem e/ou para o mal cerca de três milhões de habitantes deste rectângulo à beira-mar plantado.

Ora, assim sendo, restam menos de três milhões de almas lusas como simpatizantes de todos os outros clubes, de entre os quais se podem destacar a Académica, o Braga, o Guimarães, o Beira-Mar, o Setúbal, isto para não falar do FC Porto, o clube português com mais títulos nacionais e internacionais das últimas três décadas.

Por favor, haja decência, senão no que fazemos, pelo menos que no que dizemos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:12

Julho 06 2015

A cada dia que passa mais a data das eleições legislativas, como é óbvio, se aproxima. Assim, não é de estranhar, apesar de a maioria detestar, o acrescento exponencial de promessas. E não há dúvidas que se apenas um décimo destas se concretizassem, o nosso futuro era feito de rios de leite e mel.

A proposta de fazer isto e aquilo, de proceder assim e assado, é, segundo pensam os nossos políticos, sinónimo de conforto e prazer. Fazer uma promessa, e em particular uma promessa política, é, hoje em dia, um gesto perfeitamente rotineiro e natural, independentemente de quem a faz.

Perde-se no tempo o hábito enraizado nos políticos de fazer promessas a torto e a direito, o qual ultrapassou as fronteiras físicas que separam povos e culturas e é preparado segundo tradições ancestrais ao longo de séculos, aperfeiçoados em cada gesto e em cada rito e que hoje assume o protagonismo nos mais variados momentos do nosso quotidiano, especialmente agora em que as máquinas da propaganda eleitoral - vulgo agências de marketing e afins - se tornaram mestras na arte de bem nos ludibriar.

Não há campanha eleitoral sem promessas demagógicas e populistas. Tal, infelizmente, tornou-se tão natural como ter sede ou respirar e facilmente se explica. Uma boa dose de promessas parece confortar tanto o estômago como a alma. Não de todos mas, pelo menos, dos mais ingénuos. E, estes, não são ainda assim tão poucos como isso!

E, por muito que se diga o contrário, o pior é que se aparece um político que não faz juras de cumprir este ou aquele feito, então, das duas uma: não cai bem ou não sabe ao que anda!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:23

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
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