Anualmente são publicados os rankings das escolas, tanto do ensino básico/secundário como do superior. Nesses momentos a análise sobre a (in)utilidade dos mesmos é pouco mais que estéril e, nessa ordem de ideias, os poucos que a fazem acabam, geralmente, por passarem despercebidos.
Ora, os rankings podem ajudar, senão todos, pelo menos alguns a escolher uma escola. A criação destes, quer gostamos deles ou não, gerou um profundo impacto na organização das próprias escolas. Há já, hoje-em-dia, sobretudo aquelas que querem permanecer nos primeiros lugares, equipas de profissionais que se dedicam exclusivamente a estudar o melhor modo para continuar a ocupar aqueles.
E se muitos (auto-intitulados) gurus da especialidade defendem que este trabalho é um gasto desnecessário de tempo, recursos e dinheiro, outros especialistas existem para quem há muito se tornou claro que este investimento na credibilização é vital para o sucesso da escola, para a sua notoriedade, para o posicionamento dos seus alunos, bem como para as suas possibilidades de progressão futura.
Daí a existência dos CEFs, hoje (mal) transformados em Vocacionais, uma vez que retiram das turmas ditas normais aqueles que não querem nem deixam estudar. Como é evidente essas turmas, com um ensino mais profissionalizante e menos académico, acabam por ser constituídas pelos piores dos piores. Porém, não vejo outra alternativa, mesmo que fosse à custa de muitos e muitos apoios.
Por último, manda a verdade dizer que os docentes das turmas que ficam “normais” deviam, todos os dias, elevar as mãos para os Céus e agradecer aos colegas que suportam tais discentes. Infelizmente não é isso que acontece.