No passado domingo, com o início do Advento, mais um ano litúrgico principiou. Porém, não é deste princípio que quero falar, mas sim do Advento. De acordo com a Wikipédia, «o Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a paz».
Ora, é este advir, i.e., o que irá acontecer, ou melhor ainda, o que terá de suceder, que, a nível pessoal, é relevante. Num tempo que se caracteriza por um consumismo desenfreado, entremeado por acções caritativas de índole meramente momentânea, só a renovação interior é capaz de nos levar à boa vontade e até às experiências transcendentais, o que pode e deve significar abertura a novas realidades e à descoberta de novos mundos.
As pessoas valorizam isto. A sociedade necessita disto. Por isso, há que tirar partido deste tempo novo, por muito que possamos ser alvo de crítica ou mesmo de chacota. Lembro que Jesus Cristo, Aquele que veio e há-de vir, o fez e fará para salvar os pecadores. É que os outros, os sem mácula, acham que, neste campo, pouco ou nada devem fazer, já que, sem piáculos, nada têm de provar.
Concretamente quero fazer parte integrante de uma família que acredita no nascimento de Jesus e não da vinda do Pai Natal, apresentando características únicas: inovação no ser, qualidade no estar, confiança no outro, paixão pelos mais simples e, sobretudo, o gosto de amar quem me rodeia.
Conseguirei? Não sei. Todavia, acima de tudo, é necessário acreditar.