Com toda a sinceridade deveria escrever sobre algo relacionado com o dia-a-dia da governação deste país, como, por exemplo, o caso do PSD e do PS terem aprovado hoje, no Parlamento, o regresso das pensões vitalícias aos ex-políticos, i.e., o retorno de um autêntico privilégio, mas face a uma intrincada circunstância que ultimamente me tem colocado – bem, não estou sozinho neste caminho – em enorme preocupação, desviei a minha atenção para outra via.
Não admira, por isso, que os dedos sobre o teclado do computador me tenham conduzido para a reflexão sobre como garantir a produtividade. Antes, porém, um aviso à navegação: não tenho a certeza absoluta que as soluções propostas obtenham os melhores resultados. No entanto, uma coisa é certa: não cogitar sobre os sintomas e, sobretudo, não prescrever qualquer “remédio” ou não o tomar é que nada resolverá.
Assim, antes de mais é preciso dar o exemplo, já que sabemos para onde estão focados os olhares. Em segundo, é necessário reforçar a importância do trabalho, levantando a dicotomia, infelizmente há muito esquecida, entre a labuta e a alimentação. Depois há que analisar as causas do absentismo, relacionando este como um abuso por parte de quem não é assíduo. Em quarto, há que denotar uma inflexibilidade a nível de atitudes e comportamentos. O dizer uma coisa e fazer outra é – todos o sabemos – o pior para quem tem obrigação de deixar constantemente uma marca indelével. A seguir, é forçoso aproveitar todas as oportunidades e mesmo admitindo que sejam escassas, algumas devem existir em que se possa exigir o compromisso para alcançar este ou aquele objectivo. Por fim – esta ordem não é cronológica –, há que construir uma reputação, conhecedor que esta nos irá acompanhar durante toda a vida.
Ajudei? Não sei. Unicamente sei que tentei e isso já é algo.