Plantei-te às claras, de dia
Cuidando o melhor que soube
Regando-te quanto podia
E, assim, cresceste tanto que não coube
No sonho de uma vida
Por isso te abandonei
À tua sorte fui indiferente
Hoje, ainda não me conformei
Na espera que, por ser indolente,
Não enche um sonho de uma vida
Arrependido, por perto, estou
De pouco, aliás, me serve
Incerto ficou
Quem possuía uma esperança verve
Que não preenche um sonho de uma vida
Uma ode ao futuro
Escreverei sem desfalecer
Não num correr de pena prematuro
Mas de um pensar sem esmorecer
Que unas um sonho de uma vida