À nossa frente surgia uma outra ilha, esta completamente diferente de todas as outras que compõem o arquipélago. A aridez que caracteriza a maioria das ilhas dava lugar a um chão húmido proveniente de uma vegetação que, não sendo densa, era, em comparação, luxuriante. Daí o genuíno espanto de todos.
A manhã estava calma e clara naquela nova ilha. A luz do Sol reflectia-se nos vales e encostas verdejantes. A temperatura, mais amena, era afagada por uma brisa serena.
Após atracarmos num pequeno e modesto molhe, reentramos em cena com um autêntico ataque ao almoço. A cachupa, prato tradicional à base de milho, carnes e enchidos de porco, algo que se pode comparar à nossa feijoada, foi a refeição servida, a qual foi completada com papaia acabada de colher. A cerveja, por sinal bem fresca, foi a bebida que ajudou a digestão. Teríamos preferido vinho, mas …
Findo repasto, eis-nos a verificar o nosso equipamento, pois o reconhecimento desta ilha esperava-nos. Um resguardo, algumas bolachas e, sobretudo, água, tudo foi convenientemente acomodado na pequena e leve mochila de cada um.
Desta vez o cenário confunde-se com o palco. É a ilha de Santo Antão em todo o seu esplendor. Dividimo-nos em dois pequenos grupos de quatro pessoas cada. A missão do primeiro é a exploração da região ocidental da ilha. Já o segundo tinha como objectivo a parte oriental. Calhou-me este último.
(Continua)