Soube-se hoje que a maioria das pessoas, cerca de 70 %, que viaja é composta por estudantes, desempregados e pensionistas, tendência que tem vindo a aumentar nos últimos dez anos.
O estudo, com a marca credível da Fundação Francisco Manuel dos Santos, vem demonstrar o que todos aqueles que se encontram no activo há muito sabiam. Trabalham e não conseguem ficar com o capital mínimo para passar umas simples férias ou mesmo passear no país. Os brutais impostos a que se encontram sujeitos são de tal monta que pouco lhes resta. E, ainda por cima, não são para seu benefício directo e muito menos para acautelar o seu futuro, mas sim para que aqueles que nada produzem possam gozar “à grande e à francesa”.
Todos sabemos que o consumo é absolutamente necessário para vitalizar a economia. É dos livros e, por isso, irrefutável. Todavia, que sejam os portugueses não activos a dinamizarem a economia nacional mercê das pensões e subsídios que auferem – algumas delas extremamente chorudas – é que não concordo.
Sou contra a supressão de regalias e privilégios que alguns – diga-se, em abono da verdade, que não são assim tão poucos quanto isso - têm, desde que todos os outros, conforme os seus descontos, também deles possam usufruir.