Confesso que sou um sonhador nato. A dormir ou acordado sonho muito, cumprindo o que diz um célebre poema de António Gedeão: eles não sabem que o sonho/ é uma constante da vida/ tão concreta e definida/ como outra ... que o sonho comanda a vida/ que sempre que um homem sonha …
Sonho em organizações mais humanas, pois nunca como agora as questões ligadas à gestão das pessoas e, sobretudo, dos talentos assumiram tanta importância. Num cenário de adversidade nacional que tem feito imensas vítimas entre os profissionais portugueses, há que procurar contrariar a tendência e, para lá de qualquer contrariedade, não abrir mão de uma estratégia de gestão centrada nas pessoas, na sua felicidade e na retenção das suas capacidades.
Ninguém tem dúvidas que a realidade - apesar de nos parecer, muitas vezes, o contrário – se altera de modo vertiginoso e, por isso, as organizações são constantemente desafiadas a fazer mais e melhor e, principalmente, com menos recursos. Assim, a estratégia de valorização dos colaboradores deverá ser parte intrínseca dos planos da instituição, respondendo, deste modo, às questões que são determinantes para o seu desempenho final.
Por exemplo, nas escolas, muito mais que uma classificação de desempenho, a qual não nego que seja importante, a tónica deve ser colocada no orgulho, no respeito e compromisso sentido pelos professores e funcionários, bem como nos aspectos relacionados com a diversidade, com a inclusão e, fundamentalmente, com a ética.
Necessita-se de uma aposta significativa na gestão das vocações e no desenvolvimento de práticas diferenciadoras e de valor, com realce para aquelas que são orientadas para a dinamização de massas críticas.
Carece-se de uma nova abordagem – work force one – que ajude as instituições a gerar, a reter, a motivar e a multiplicar as aptidões dos seus trabalhadores, obtendo um maior retorno do investimento feito em termos de recursos humanos.