Ninguém desconhece que o estado social, tal como o conhecemos desde a Segunda Grande Guerra, está a acabar e, não obstante o sentimento de injustiça, uma vez todos termos direito à saúde, à educação e ao trabalho, o certo é que aquele é impossível de continuar. É mesmo assim: “casa onde não há pão …”
Contudo, os nossos parceiros sociais, bem como as principais forças políticas, têm grandes responsabilidades, as quais, aliás podemos considerar históricas. Serão muito poucos aqueles que ficarão para a história como parceiros responsáveis, já que a maioria serão apelidados de inconscientes.
Alguns continuam convencidos de que tudo não passa de um jogo, e farão o papel que conhecem de cor, mesmo que a peça de teatro tenha mudado radicalmente. Por isso, admiro o Prof. Medina Carreira, mas, sinceramente, já não o suporto ouvir, pois tem sempre “carradas” de razão. Nesta ordem de ideias, admito que muitas das medidas são insuficientes e, sobretudo, pecam por ser tardias.
Daqui a uns anos, o tempo que vivemos será um case study, porque quase tudo terá de mudar. Resta-nos antever para quê.
Existe alguma controvérsia sobre a origem da palavra “paciência”. Há os que defendem que vem do latim pat - aguentar, sofrer -, outros, porém, advogam que vem do grego pathe – sentimento -, outros ainda sustentam que deriva do latim pax – paz. Podemos, então, aduzir que paciência designa a ciência da paz!
Independentemente do significado, importa concluir que necessitamos todos de uma enorme dose de paciência.