O meu ponto de vista

Abril 30 2014

Na continuação do texto anterior, chamo a atenção para um facto indesmentível: nos últimos anos, em especial na última década, começámos a tomar consciência que a paisagem campestre estava em risco, fruto do abandono das actividades agrícolas e da diminuição da população das comunidades rurais mais pequenas.

A actividade agrícola e florestal nestas zonas está, conforme dizia anteriormente, fortemente condicionada pela pequena dimensão, pela deficiente organização e pela concentração da distribuição. O abandono da actividade agrícola resulta de um estrangulamento económico que “obriga” à migração das populações para centros urbanos de maiores dimensões.

Assim, de uma maneira geral, os proprietários são cada vez mais ausentes e a actividade agrícola tem um peso cada vez menor no rendimento das famílias. Esta nova tipologia de proprietários carece de uma “nova” abordagem por parte dos actores “rurais”.

Por outro lado, o abandono traduz-se num aumento dos efeitos nocivos de pragas, doenças e dos incêndios florestais (mais difíceis de combater devido ao aumento da carga combustível), o que reforça a necessidade de delinear estratégias que fomentem o dinamismo destas actividades rurais.

Nota-se, porém, mercê do desemprego e da crise provocada pela austeridade, um regresso, ainda que ténue, ao “mundo” rural. Contudo, tenho receio que isto seja um fenómeno de pouca dura, pois, a não se inverter o ciclo de apoios, prevejo que aquando da retoma económica, novamente nos venhamos a confrontar com o êxodo rural. E quando falo de apoios não me refiro concretamente a dinheiro dado directamente aos que labutam a terra, mas sim no acesso, em igualdade de circunstâncias, aos meios que hoje-em-dia são comuns aos cidadãos que vivem nos grandes centros populacionais: internet com boa velocidade, televisão por cabo em vez de satélite, gás canalizado, entre outros.

Como diz o nosso bom povo: para grandes males, grandes remédios. Nas zonas onde o abandono é uma realidade irrefutável, talvez a solução seja uma “cooperação” efectiva desde o início do processo produtivo e que garanta ao pequeno agricultor que o resultado final é aceite pelo mercado e tem condições para ser escoado.

Ser pequeno não é defeito. É, antes, uma virtude, pois permite dar atenção aos detalhes, como a qualidade, a segurança e o ambiente.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:47

Abril 29 2014

Por muito que se diga que o 25 de Abril não tem donos, manda a verdade dizer que algumas pessoas, embora poucas, pensam exactamente o contrário. Tal como alguns “bem pensantes” são de opinião de que a preocupação com a justiça social é primórdio absoluto da esquerda, igualmente outras tudo fazem para dar a entender que o 25 de Abril é fruto único de alguém que era ou gravitacionava em redor do PCP.

E isto não é nenhuma invenção, uma vez que a prática demonstra-o. Quando olhamos, no átrio de entrada de uma escola, um cartaz feito a propósito da comemoração do 40º aniversário dos cravos e damos de caras com as figuras aí representadas – Ari dos Santos, Zeca Afonso, Álvaro Cunhal e Salgueiro Maia -, os quais com excepção deste último que jamais se deixou instrumentalizar, todos apregoavam não a democracia democrática, pluralista, respeitadora do Estado do direito, mas sim a designada democracia popular, pela qual tanto lutaram e que não fora o 25 de Novembro de 1975 – um autêntico segundo 25 de Abril – teríamos sido o satélite mais ocidental da ex-União Soviética. Naquele cartaz, marcadamente ideológico, só falta esse excelso lutador da classe trabalhadora, pugnador da união de todos os operários e camponeses – leia-se proletários - que foi Vasco Gonçalves e a legenda “Força, força companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço”.

É, deste modo, que se ideologiza a juventude, num determinado sentido, é claro.

Onde estão as referências a Mário Soares, Salgado Zenha, Sá Carneiro, Melo Antunes, Marques Júnior, Spínola, Ramalho Eanes e tantos outros, estes, sim, verdadeiros lutadores por uma democracia sem medo, onde em bom rigor, hoje-em-dia, pode não haver pão para todos, mas existe efectiva paz e liberdade?

E se não existe comida na mesa de todos os portugueses, muito se fica a dever aos desvarios de uma certa esquerda que, sem um pingo de vergonha na cara, achou e continua a achar que devemos continuar a gastar mais do que aquilo que produzimos. Isto, de modo algum, desculpa alguma direita, trauliteira e populista, cuja fuga de capitais é algo que acham perfeitamente normal promover.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:12

Abril 28 2014

Sim, mas apenas do corpo, da parte física, da matéria, entenda-se, já que os Homens que a seguir farei referência, e parafraseando o poeta, da morte há muito se livraram. Perdurarão pelos séculos e séculos, já que o seu enorme legado assim o justifica.

Na semana que antecedeu o dia de Páscoa, finou-se Gabriel Garcia Marquez. Ontem, após uma luta prolongada contra o cancro, deixou-nos Vasco da Graça Moura.

Se não falei, na altura própria(!!!) do falecimento daquele que foi o maior escritor colombiano de todos os tempos, isso se deveu a que tal ocorreu durante o Tríduo Pascal, o que com tudo o que isso acarreta para um cristão convicto, explica, de certo modo, a ausência de menção. Porém, como mais vale tarde que nunca, eis a alusão a quem tanto nos deu. A sua independência, a sua recusa constante em não se deixar aprisionar por uma esquerda sempre ávida de mensageiros da (pseudo)desgraça, não me foram indiferentes. Daí a sua crítica a Cuba e o ostracismo a que foi votado. Porém, mais importante que isso, foram os muitos livros que escreveu e que me encantaram durante horas e horas: quem leu, por exemplo, “Cem anos de solidão”, “O amor em tempos de cólera” e “Crónica de uma morte anunciada”, para não citar outras obras, nota um espírito superior, um modo extraordinário de contar estórias e, sobretudo, o sibilino sentido de captar a alma de um povo.

Uma rosa amarela - a tua flor preferida – depositarei na tua campa, virtualmente, é claro, fruto do meu humilde preito.

Vasco da Graça Moura! O que dizer deste grande humanista, advogado, poeta, romancista, ensaísta, tradutor – considerado o melhor tradutor de Dante – e Homem cívico? Conheci-o pessoalmente, numa sua breve passagem por Aveiro, onde falámos essencialmente sobre vinhos, já que era um bom apreciador do designado néctar dos deuses, principalmente do vinho tinto baga, hoje em dia lentamente a recuperar o seu devido lugar, mas que há seis anos era considerado algo em desuso. Culto, de voz rouca – fumador inveterado que era a isso obrigava -, sempre atento aos mais pequenos pormenores, mas sem esquecer as grandes causas: defendeu acerrimamente a Língua de Camões, opondo-se tenazmente ao novo AO, o que lhe valeu alguns dissabores. Homem de quanto muito torcer, mas nunca quebrar, jamais virou a cara a esta luta que considerava fundamental para a preservação da nossa identidade.

Foi secretário de estado de vários governos e, como militante do PSD, foi eurodeputado, pelo que, como facilmente se compreende, nunca caiu nas boas graças de uma certa intelectualite portuguesa, bem como num sector da opinião publicada. Assim, não é de estranhar o presente silêncio dos partidos da esquerda, começando pelo PS e terminando no BE. O maniqueísmo instalado nas cabeças pensantes desta esquerda (caviar e não só) levam-na a ter estes comportamentos aberrantes.

Já agora, quem nas escolas, principalmente as que leccionam o secundário, se lembrará, ao menos hoje, de falar de algumas das obras deste grande dramaturgo? E, já agora, porque não ler, pois tantas coisa belas escreveu?

Também eu, embora de forma muito mais modesta, por convicção própria, mas também por homenagem a este e a outros grandes defensores da pureza da Língua Portuguesa – em que, por exemplo, fato é algo que se veste e não um acontecimento - continuo a escrever de acordo com a antiga grafia e se em documentos oficiais procedo em contrário é porque uma lei anacrónica, com a qual de todo não concordo e acho abjecta, a isso me obriga.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:14

Abril 25 2014

Hoje, mais um aniversário do 25 de Abril se comemorou: o quadragésimo. O tal de que alguns tanto falam e que a maioria não liga nada. Os primeiros por sede de protagonismo ou porque perderam aquilo que, por engano, em tempos acharam que tiveram; os segundos porque decepcionados com a grande maioria dos nossos políticos, muitos dos quais se colocam hoje em bicos de pés, acham que não vale a pena comemorar algo que, ao longo das últimas quatro décadas, apenas os foi desiludindo dia após dia.

Importa, porém, no rescaldo deste dia, após a enorme polémica que ultimamente estalou, apurar a quem pertence o 25 de Abril. Ora, ainda que mal comparado, tal peleja faz-me lembrar a velha questão que há dois mil anos se colocou, i.e., se Cristo era de Pedro, de Paulo ou dos nazarenos. A resposta, deveras muito simples, foi dada pelo próprio Paulo quando afirmou “Cristo é dos homens de boa vontade”.

Nesta conformidade, o 25 de Abril não é de Otelo, o que queria fazer do Campo Pequeno um campo de concentração, nem de Vasco, seja ele Lourenço ou Gonçalves, este com vontade de fazer de Portugal a Cuba da Europa, e muito menos é de Mário Soares, por muito peso que tenha tido na democracia portuguesa – que o diga a tartaruga que montou na celebérrima viagem às Galápagos (Seicheles) !!!.

Na verdade o 25 de Abril não é de ninguém e é de todos. Por isso, viva o 25 de Abril: ontem, hoje e sempre.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:31

Abril 24 2014

Se existem coisas de que gosto é da lavoura. O semear, o cuidar, o ver crescer e o supra-sumo que é o colher dão-me um prazer inaudito. E saibam que em tempos que já lá vão se coisas havia que detestava era o trabalho da terra. Como mudamos ou a vida nos obriga a mudar!

O mosaico agro-florestal das zonas centro e norte do país carateriza-se por pequenas propriedades agrícolas e florestais, muitas vezes subdivididas em parcelas com diferentes ocupações agrícolas, cuja dimensão não ultrapassa, em média, os 0,5 hectares. É o meu caso!

As explorações a que faço referência tendem a produzir mais que uma cultura agrícola e são o suporte de uma “agricultura familiar”, não passando, na maioria das vezes, de mera subsistência, menos virada para o mercado, mas que continuam a constituir o suporte de sectores tão importantes para a nossa economia agrícola como a vitivinícola, a hortofrutícola e o das fileiras florestais.

Estas parcelas encontram-se delimitadas por um conjunto de estruturas lineares e pontuais - umas naturais, outras artificiais, como sebes, linhas de água, estradas e aglomerados populacionais - de diversas dimensões. As manchas florestais, todavia, podem ser do tamanho e composição muito variada e, por norma, são um complemento ao rendimento agrícola (de longo prazo).

A sua diversidade estrutural é responsável por um conjunto de “novos” produtos, como seja, por exemplo, a confecção de licores e compotas, e por uma paisagem bucólica que atrai cada vez mais visitantes, que procuram na “tranquilidade rural” uma forma de sair da vida mais agitada dos grandes centros urbanos e o reencontro com as lembranças da sua “herança familiar” rural. Sim, não nos podemos esquecer que todos descendemos de alguém que um dia, mais ou menos longínquo, lavrou a terra e dela sustentou os nossos antepassados.

(Continua)

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:46

Abril 22 2014

O reinício da maioria das actividades, por muito que não se queira ou se diga o contrário, é sempre difícil, principalmente quando se reenceta toda uma série de afazeres depois de uma curta pausa, mas, sobretudo, logo após um período de festas em que a gastronomia é rainha e senhora e, ainda por cima, de forte pendor doceiro.

Quadra em que se come muito bem e se bebe ainda melhor, como, na minha aldeia, se costuma dizer. Por isso, não admira que, hoje, o espreguiçar e o abrir de boca, sinónimo de cansaço e de noites mal dormidas, fosse quase uma constante.

Assim, porque de tal sintoma também padeço, bem como a imaginação, como é facilmente compreensível, não é a mais fértil, por aqui me fico.

Uma vez que quem diz a verdade não merece castigo e certo da superior compreensão dos meus caros leitores, eis o fim desta crónica que, em boa verdade, nem chegou sequer a ser.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:54

Abril 21 2014

Somos fruto da terra que nos viu nascer e do adubo que os nossos pais nos colocaram aos pés. Por isso, a Visita Pascal é, para mim e para os meus, algo indissociável da vida. Bem sei que todos os anos parece o mesmo evento. Todavia, na sua essência e, sobretudo, para quem acredita, cada ano é diferente.

O amadurecimento que a vida nos proporciona leva-nos a ver, ano após ano, os factos de modo distinto, mas não só: os amigos são outros, pelo menos em parte, as visitas são diferentes, o tempo – referimo-me à meteorologia, como é óbvio – tem uma grande influência, a formação do compasso é sempre expectante e a inovação gastronómica, não deixando de modo algum de lado o que é tradicional, é um sinal dos tempos.

Tudo isto para dizer que, hoje, mais uma vez, se cumpriu a tradição: abri a porta para que os meus amigos entrassem em minha casa, mas, principalmente, para que Cristo Ressuscitado fosse também, neste humilde lar, anunciado e proclamado.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:58

Abril 20 2014

Jesus Cristo ressuscitou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

A Páscoa tem hoje muitos nomes: paz, justiça, fraternidade, diálogo, verdade, solidariedade, partilha, alegria, …

Celebrar a Páscoa é apostar na certeza de que é possível mudar, de que nem tudo está vindimado, é ter a certeza da passagem duma sociedade velha e cansada para uma comunidade nova em que a lei suprema seja o amor.

Exaltar a Páscoa é comprometer-se com o próximo de modo que

  • o desespero ceda lugar à esperança;
  • a tristeza ceda lugar à alegria;
  • a injustiça ceda lugar à justiça;
  • a mentira ceda lugar à verdade;
  • o ódio ceda lugar ao amor;
  • a solidão ceda lugar à comunhão;
  • o absurdo ceda lugar ao sentido;
  • a morte ceda lugar à VIDA.

 

Uma Santa e Feliz PÁSCOA para todos

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:39

Abril 19 2014

É possível construir um homem novo porque Cristo Ressuscitado é o primeiro Homem Novo.

É possível construir um mundo novo porque Ele está presente e actuante na história, como Alfa e Ómega, isto é, como princípio e fim.

A Ressurreição de Cristo é, assim, o fundamento do optimismo cristão: nós sabemos que todos os acontecimentos e toda a história caminha para a plenitude do Filho de Deus.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:03

Abril 18 2014

Deu a Sua vida por nós. Aliás, desde o princípio, fora dando a Sua vida um pouco todos os dias àqueles que encontrava: aos pais, aos amigos de Nazaré, a Pedro, a João, aos discípulos, ao paralítico, a Simão, o fariseu, à mulher que entrou em casa deste durante o jantar, entre tantos e tantos outros.

Agora, a Sua vida foi dada totalmente, completamente, até à morte. Foi dada por todos os homens. Todos podem recebê-La e viver como filhos de Deus. A Sua missão está completa, acabada. Jesus entra na glória do Pai.

Com os homens e as mulheres do mundo inteiro, podemos agora ter a certeza de que Deus nos ama e é nosso Pai; podemos viver com Ele e dar-Lhe, em união com Jesus Cristo, toda a honra e toda a glória.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:08

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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