O meu ponto de vista

Dezembro 10 2013

Não há ninguém que não diga que os dias passam a correr. Uma vez que é impossível parar o tempo, como abrandar o ritmo, é a pergunta que se impõe. Bem, só há uma resposta: simplificando.

Por isso é tão importante estabelecer prioridades. O estar disponível para tudo e para todos 24 horas, sete dias por semana é inconcebível, para além de ser uma fonte acrescida de stress. Assim, deve reservar tempo para os vários momentos do dia: trabalho, família, lazer e descanso. Desfrute de cada um com o mínimo de interferências.

Já agora, se as novas tecnologias surgiram com a missão de nos facilitar o dia-a-dia, porque ficamos tão ansiosos com os emails, chamadas de telemóvel e redes sociais. Concordo que deve usufruir deste admirável mundo novo, mas não abuse, independentemente do relativismo que esta palavra acarreta. Pelo menos durante a noite desligue o telemóvel e não esteja permanentemente a consultar o Facebook ou Twitter, comentando postes ou partilhando textos/fotos.

Já viu o quanto importante é saber desligar-se deste e daquele assunto, de modo a que possa fruir, com calma, da leitura de um livro ou de uma conversa? Pense e veja se não é muito mais saudável fazer uma coisa de cada vez!

E por falar em relaxar. Quando foi a última vez que assistiu a um dos espectáculos naturais mais deslumbrantes do mundo: o nascer ou o pôr-do-sol? Ou quando olhou, à noite, para o céu repleto de estrelas?

Saboreie, saboreie e saboreie os momentos simples do dia-a-dia: o sorriso de um familiar, o telefonema de um amigo, a sua música preferida, o belo petisco acompanhado de um bom vinho, entre tantas outras coisas boas da vida.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:16

Dezembro 09 2013

Um trabalhador, independentemente do ramo onde trabalhe, tem a obrigação de gerar lucro, apesar de se saber que sectores existem onde é extremamente difícil apurar os ganhos. Mas, dizia eu, é uma verdade indiscutível que tem de gerar riqueza de modo a continuar a prestar serviços ou produzir bens que sejam úteis à sociedade e, assim, assumir a função social a que está obrigado, no compromisso entre o direito à propriedade e os limites que a sociedade impõe ao uso dessa mesma propriedade.

As opções que se colocam a um empresário, tal como as que se colocam a um proprietário, são as mesmas que se colocam aos trabalhadores, i.e., são, entre nós, limitadas por esse compromisso inegociável que é, ou melhor, deveria ser, um dos pilares de uma democracia moderno e, sobretudo, de um Estado de direito. Ou seja, o direito à propriedade privada e à justa remuneração.

Destas evidências, que em alguns edifícios jurídicos até são letra das respectivas constituições, resulta a necessidade, diria mesmo a obrigação que o Estado sente em criar as condições mínimas para que todas empresas, quer sejam estatais ou privadas, possam realmente satisfazer as obrigações que lhes estão inerentes, sem álibis de espécie alguma.

Nestas condições inclui-se, sem margem para dúvidas, o lucro e a sua repartição equitativa. O coração é um músculo que, enquanto há vida, tem de bombear sangue para todo o corpo mesmo que a mente diga o contrário. Ora, a criação de riqueza pela aplicação das mais-valias é, tal como o coração, inquestionável.

Por isso, vejo com muita estranheza a luta – muito mais política que laboral - que se anda a travar em defesa dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). Esta empresa que, ao longo do último ano, não conseguiu um único contrato para construir o que quer que fosse, mantendo, deste modo, os trabalhadores desocupados, mas a receber mensalmente os seus ordenados, não pode, com toda a certeza, gerar riqueza e a saída só pode ser o seu encerramento ou a entrega a quem não a fizer depender do Estado ou, dito de outro modo, de todos nós. E não me venham com a treta de inexistência de financiamento. Por um lado, em tempos houve e até demais – a CE ameaça querer o dinheiro de volta – e, por outro, se hoje não existe é porque a banca não confia na sustentabilidade mínima da empresa.

É que se é para defender o posto laboral, então arranje-se trabalho também para todos os desempregados deste país. Ou há moralidade ou comem todos.

É evidente que o presente raciocínio se pode e deve aplicar a todas as empresas públicas deficitárias, como são exemplos, o Metro de Lisboa, a Carris, a Transtejo, a CP, os STCP, entre muitas outras.

Uma nota final para dizer que também acho muito estranho entregar-se a concessão dos ENVC à Martinfer, uma empresa extremamente endividada. Daí a questão: com um défice tão enorme será que esta empresa conseguirá crédito bancário de modo a salvar aqueles? Tenho as minhas dúvidas!

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:55

Dezembro 05 2013

Morreu Nelson Mandela. O maior líder que a África já teve. Um Homem que depois de preso e torturado foi capaz de se sentar à mesa com os seus antigos verdugos, revelou possuir uma capacidade de liderança extremamente elevada. Um Político – sim, é propositadamente que escrevo com letra maiúscula - que fez pacificamente a transição de um governo segregacionista para uma democracia plena, denotou um estatuto superior.

Recordo-o com saudade e nostalgicamente relembro o filme que tão bem o retrata: Invictus.

Pessoas como Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e Mandela jamais morrem. Bem sei que é uma frase feita, mas, acreditem, é dita com toda a alma.

Que a África do Sul consiga perdurar o excelso exemplo de “Madiba” são os meus sinceros votos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:44

Dezembro 04 2013

Há quem ache que o aumento dos impostos é dispensável e até existem pessoas que teimam, a pés juntos, que estes deviam diminuir ou, em última instância, desaparecer. Simultaneamente, são da opinião de que deveria haver aumento de salários e de pensões. Lamento apenas que jamais consigam, cabalmente, explicar como se pode equilibrar esta equação, a qual não passa de matemática pura e dura.

Por outro lado, sublinhe-se o paradoxo de na actual situação económica de recessão, apesar dos últimos indicadores afirmarem o contrário, a receita continuar em baixa, enquanto a despesa aumenta, motivada pelo acréscimo do desemprego e do número de pensionistas e de reformados, bem como – é justo reconhecê-lo – por implementação de políticas erradas.

Quando se equacionam as possíveis soluções, observamos que a taxa de esforço assumida por cada um dos contribuintes já é excessivamente elevada e a via preconizada por uma certa “intelectualite”, dita de esquerda bem pensante, a qual preconiza a taxação ainda maior do sistema financeiro e das grandes fortunas é completamente irreal.

Se pensarmos racionalmente, para a esmagadora maioria dos portugueses, a última coisa que devem pretender é colocar o nosso sistema bancário em situação débil, pois tal acarretaria, mais cedo que tarde, numa nacionalização daquele e, por conseguinte, das nossas casas, carros e outros bens que tanto nos são queridos.

Quanto mais robustos forem os nossos bancos mais facilmente poderão ir buscar dinheiro aos mercados internacionais e – é crucial esta questão - a juros baixos, dinheiro que, por um lado, tanta falta nos faz para o desenvolvimento económico e, por outro, faz com que os que pagamos, principalmente os respeitantes à habitação, não subam exponencialmente, tornando-os insuportáveis.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:55

Dezembro 03 2013

Sim, ele sempre soube, que ela se queria dar a conhecer. E não esteve com meias medidas. Bateu à porta e foi convidada a entrar. No início, pensou que se tratava de uma brincadeira. Só que não estavam no Carnaval e muito menos era o primeiro de Abril.

Desde logo, demonstrou saber ao que vinha, uma vez ter tornado bem claro que a abordagem tinha sido preparada, quase que diria, ao mínimo pormenor. Personalidade, diferenciação e criatividade foram e são os seus pontos fortes.

Bem soube que, depois dos telefonemas e da troca de emails, podiam, primeiramente, terem-se encontrado em qualquer outro lugar. Ela, porém, preferiu a forma mais directa e eficaz de gerar e, sobretudo, rebustecer aquilo que começava a surgir entre eles. Aliás, dizias ela: “numa altura em que o mundo é gerido em contrarrelógio há que enfrentar a vida com originalidade e inovação”.

Ela foi, na verdade, igual a si mesma. Na sua identidade e na forma como se desnudou, mostrando toda a beleza feita de curvas e contracurvas, de rectas com princípio, meio e fim, contrariando, nestas formas, as leis da geometria.

No espelho da vida, para além dos traços bem vincados de personalidade, denotou igualmente os pontos fortes da sua filosofia vivencial e, como não podia deixar de ser, as pontuações nos vários eixos de sucesso.

No início apenas a representação do talento. Depois a reprodução da paixão e da ambição de ser amada.

Ele, pelo seu lado, apenas se deixou seduzir. O encantamento fez o resto. Longe ficou o passado, apenas contando aquilo que são hoje, onde querem chegar no futuro e, principalmente, o caminho que não querem voltar a percorrer. De uma coisa têm a certeza: sabem que não querem voltar por aí. Desconhecem, é certo, o percurso a fazer. Mas, como dizia o poeta, “o caminho faz-se caminhando”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:37

Dezembro 02 2013

A memória, por definição, é a capacidade de reter, recuperar, armazenar e evocar informações disponíveis. Porém, o excesso de estimulação, tensão e cansaço com que sobrecarregamos o nosso cérebro, associado a noites mal dormidas e a uma má alimentação, traduzem-se num problema grave de fadiga física e, sobretudo, intelectual.

Nestes casos as capacidades cerebrais são afectadas constantemente pelo stress da vida moderna, diminuindo especialmente a concentração e atenção, levando a esquecimentos de factos recentes, causando, pouco a pouco, um declínio cognitivo, comprometendo, deste modo, a performance cerebral, ao nível da memória.

Assim, não admira a ingestão de tantos ansiolíticos – somos o país da CE em que o consumo per capita mais cresceu nas últimas décadas -, bem como a procura de suplementos alimentares, cuja procura tem fortemente aumentado.

Ora, conscientes destes factos, só nos resta uma solução. Diminuir o ritmo e convergir os interesses para o corpo, mais concretamente para o campo emocional.

Ser feliz, não a qualquer preço, como é óbvio, é condição sine qua non para uma melhor condição humana. Amar e ser amado evita o stress, a ansiedade, sendo muito mais eficaz que quaisquer produtos que possamos tomar, quer sejam antioxidantes, vitaminas, minerais, aminoácidos, ou outros.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:38

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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