Começo por afirmar, desde já, que vou ser crucificado na praça pública. De forma injusta, no meu entender, mas vou. Tão certo como dois e três serem cinco. E o corpo já me começa a doer, mas o que tem de ser tem muita força!
Há poucos dias fui instado a tomar conhecimento da minha avaliação de desempenho docente (ADD), relativa ao último ciclo avaliativo. Até aqui nada de novo a assinalar, como se costuma dizer.
Não concordando muito com o resultado da avaliação que fizeram sobre o meu trabalho, mas atendendo ao carácter subjectivo que a mesma enferma, não me vou pronunciar sobre tal.
Vou tecer, sim, algumas considerações sobre a divulgação desta matéria, ou melhor, da sua ausência. Continuo a não compreender do porquê da não publicitação dos resultados da ADD de todo o corpo docente. Será que a legislação o proíbe? Não vejo onde. Será que se trata de protecção de dados? Também muito menos consigo vislumbrar onde está a relutância, tanto mais que se divulga, sem quaisquer rebuços, o tempo de serviço, classificação académica e profissional, de entre tantos outros dados.
Só vejo uma explicação. A matéria é tão controversa que a comissão de ADD e, principalmente, as direcções preferem manter o secretismo, evitando, deste modo, o avolumar de críticas e, sobretudo, os naturais recursos. A ignorância é mãe de imensas inacções.
Uma questão é verdade: esta problemática é comum senão à totalidade das escolas, pelo menos à maioria. Aliás, não será por acaso que não conheço nenhuma que proceda à aludida difusão. Já agora, quem souber de uma apenas agradeço a informação.
A concluir, gostaria muito de saber quem são, afinal, os colegas “muito bons” e “excelentes”. Apenas por uma razão: saberíamos a quem “entregar” as turmas mais problemáticas.