Uma das principais razões do claro insucesso dos políticos na gestão e recuperação da res publica, em grande medida, assenta na capacidade mais que evidenciada em não tirar o melhor partido das competências humanas e técnicas dos grupos que lideram.
É, pois, este assumido espírito de não pertença ao grupo, exercendo uma prática do género dividir para reinar, ora privilegiando uns em detrimento de outros, dando primazia à bajulação em desfavor da verdade, que permite não conceber e muito menos disponibilizar uma oferta diferenciadora, não assegurando, deste modo, os resultados esperados em termos de sucesso.
Para além de uma prática duvidosa, já que os valores morais e os princípios ideais do comportamento humano deixam muito a desejar, não basta citar, quase constantemente, as palavras do grande estadista Sá Carneiro, infelizmente já falecido, dizendo que a política sem ética é uma vergonha, uma vez que os actos contradizem as palavras.
Por outro lado, sendo verdade que o “savoir faire” é algo de apreciável, tal não chega para definir um modelo deontológico de fazer política e muito menos é condição sine qua non para a construção de raiz de uma evoluída plataforma de entendimento e, sobretudo, da recuperação do muito perdido, nas últimas décadas, em termos de desenvolvimento.