Todos sabemos que antes de estabelecer um plano de acção devemos questionar o seguinte: O quê? Como? E quando?
No que concerne à nossa situação actual todos ou quase todos bem sabemos o “que” a provocou. Igualmente, a maioria, tem consciência sobre o “quando” a devemos salvar: agora, porque não pode ser ontem. Todavia, o problema maior assenta no “como” a resolver.
Sabe-se que se vai realizando alguma coisa ao nível da função pública. Não são medidas agradáveis e são, seguramente, pouco justas, mas não se pode dar o que não se tem. Porém, no sector privado, já as coisas mudam de figura, uma vez tarda a haver qualquer clarificação.
Mas voltemos à função pública. Fala-se em rescisões por mútuo acordo, bem como deslocação de trabalhadores para o quadro de disponíveis, ambos os casos ainda em estudo e, por isso, no segredo dos deuses. Todavia, num caso ou no outro não auguro nada de bom. Mas qualquer que seja o modelo adoptado, não acredito na linearidade da futura legislação, a qual, à semelhança de tantas outras, há-de ser idiossincrática, isto é, ao estilo do melhor filme negro.
Temo que os piores funcionários continuem protegidos. E se saírem receberão chorudas indeminizações, ao mesmo tempo que os melhores colaboradores vêm os seus salários reduzidos e mantendo piores condições de trabalho.
Não é um período fácil para os portugueses em geral e muito menos para os funcionários públicos.