Cristo ressuscitou. Aleluia, aleluia, aleluia.
Louvemos o Senhor!
Uma SANTA e FELIZ PÁSCOA PARA TODOS.
Cristo ressuscitou. Aleluia, aleluia, aleluia.
Louvemos o Senhor!
Uma SANTA e FELIZ PÁSCOA PARA TODOS.
O mistério pascal é uma realidade sempre actual e, de modo algum, apenas uma recordação de acontecimentos passados há dois mil anos. A “passagem” que Jesus Cristo efectuou entre nós foi para sempre, dando-nos, deste modo, a possibilidade de vivermos no “hoje” a Sua mensagem.
Hoje, na missa, Jesus repete para nós a mesma refeição, para que a vida por Ele entregue ao morrer na Cruz passe para nós, e para que a nossa vida passe n’Ele e com Ele até Deus nosso Pai.
Bei sei que nem todos comungam. Eu, próprio, há muito que não o faço. Não me perguntem porquê, pois nem eu sei muito bem responder a tal questão. Porém, sei que Cristo também está com aqueles que não recebem o Pão da Vida. Por isso, neste santo dia posso afirmar categoricamente: Jesus, Vós estais comigo e, por isso, quero viver convosco para honra e glória de Deus.
Para a maioria das pessoas, incluindo os crentes, o sacrifício da Cruz é incompreensível, correndo-se o risco de ser, muitas vezes, apenas algo exterior.
Explicar artificialmente a Cruz não é conveniente e, por isso, só tomando parte n’Ela, comungando e carregando-A se pode, um dia, compreendê-La, tendo de estar, simultaneamente, preparados para jamais este dia chegar, sem que isso coloque em causa a Fé.
Só assim será traçado o caminho da Fé e da esperança. Cristo parece, neste dia, “perder” a Sua vida na Cruz. No entanto, bem sabemos que assim não acontece, pois Ele dá a Sua vida na Cruz para que, através d’Esta, os homens possam passar deste mundo para o Pai.
A cruz de cada um, tal como Cristo o fez, deve ser carregada até ao fim. Jamais a devemos jogar ao chão e seguir o caminho mais fácil. Aliás, os trilhos da felicidade jamais foram atapetados. Bem pelo contrário!
Inicia-se, neste dia, mais um Tríduo Pascal. Um tempo de mistério, em que somente a nossa abertura de espírito colocará em relevo a liberdade e a força de Jesus Cristo, no momento em que decide completar a Sua obra, dando a vida por nós.
Prepararmo-nos anualmente para superar o “escândalo” do anúncio que Jesus fez da sua morte é algo que começará por admirar, tal como Pedro o fez, durante a cerimónia de lavagem dos pés, i.e., a força da Sua alma.
Jesus é verdadeiramente alguém! Não é algo abstracto e bem sabemos que imensas vezes não Lhe damos a atenção que merece porque, enfim, incomoda ouvi-Lo. Não é, com toda a certeza, por mero acaso que nos deixou um mandamento novo “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Foi, em grande medida, igual a si mesmo, exceptuando a raiva feroz e latente que demonstrou quase sempre. Raramente o vimos sorrir, apresentando o semblante constantemente carregado, magoado e ávido de efectuar ajustes de contas com tudo e com todos.
Não teve quaisquer responsabilidades ou se as teve não foi capaz de dizer quais, sendo que a crise política deve-se, sobretudo, ao PR e à oposição. Só faltou dizer que foi um político completamente eficaz.
Demonstrou um ódio extraordinário ao PR, sobre o qual acha que informar todos os portugueses sobre o PEC IV, sem dizer primeiramente ao primeiro magistrado da Nação, é o correcto. O dever institucional de informar previamente o PR e o principal partido da oposição não passa de fait divers. Informou os portugueses e basta. A desfaçatez tem limites, adiciono eu.
Uma única vez admitiu que esteve enganado: quando todos – PR, PSD, banqueiros, seu ministro das finanças, entre outros - achavam que o país necessitava de um resgaste e só ele pensava o contrário.
Por outro lado, quando os jornalistas não concordaram com JS estavam a fazer a defesa do governo. Onde é que já ouvi isto? Antes de Junho de 2011 era habitual.
É a favor de que a austeridade termine rapidamente e, simultaneamente, deve haver crescimento. Quando lhe perguntaram onde iria buscar dinheiro para isso não conseguiu responder. Pudera, uma vez que tal é impossível. Já agora, admirei o facto de nunca se ter referido à Srª Merkel. Ou melhor, de admiração até não tem nada!
Mais de uma vez aludiu ao gravíssimo ano de 2009. Esqueceu-se, porém, de mencionar que, por sua iniciativa, subiu as pensões e os salários da função pública em cerca de 3%, com o fim de ganhar as eleições. Bem, depois lembrou-se de tal porque os jornalistas assim o questionaram. No entanto, acrescentou que “é fácil falar agora”, argumentando que os outros países também procederam de igual modo. Quando questionado que com tal medida o défice subiu para o dobro, isto é, para 10%, tendo em linha de conta a comparação com os outros países, bloqueou.
Mas lá foi admitindo dois erros: que houve um despesismo excessivo em 2009 e que nunca deveria ter formado um governo minoritário.
Por último, recusou a discussão do caso BPN, afirmando que não é este o melhor momento. Pergunto, eu, uma vez que me acha com cara de parvo: mas, então, quando é?
São por demasiadas conhecidas as minhas profundas divergências com o pensamento e, sobretudo, com a prática seguida pelos governos de José Sócrates. Escrevi e voltarei a fazê-lo, tantas vezes quantas as necessárias, “apesar de não ter sido o único, foi um dos maiores coveiros de Portugal”. Muitíssimas das provações que actualmente passamos devem-se ao seu desvario.
Todavia, uma coisa foi a sua praxis, outra, bem diferente, é a sua liberdade. Nesta ordem de ideias, por muito que custe aos meus amigos, alguns insuspeitos de ligação ao meus ideais políticos, não posso, de modo algum, concordar com a limitação da daquela. E isto aplica-se a fulano A ou sicrano B, pois a não ser assim, a maioria dos comentadores estaria banido dos nossos meios de comunicação social, essencialmente, da televisão.
Mais: estando, em termos de share, a RTP em baixa e sendo os custos desta emissão gratuitos ou quase, bem como tendo em perspectiva, como, aliás, lhe é devido e pedido insistentemente, o aumente as audiências, mais não faz que a sua obrigação. Proceder de outro modo é que seria de estranhar.
Agora, a verdade é que não sei quem lançou, nas redes sociais, a questão de impedir ou reforçar a ida do ex-primeiro-ministro à RTP. Contudo, de forma voluntária ou não, o certo é que esta estação de televisão deve estar a esfregar as mãos de contente, pois as audiências, nesse dia, aumentarão e de que forma. Será exponencial e tudo graças à publicidade dada por aqueles que o não queriam.
Com esta posição não quero dizer que concorde com o regresso de José Sócrates à ribalta política. Bem pelo contrário. Pois, por um lado, acho que os portugueses não têm uma memória assim tão curta, por outro, por ter plena consciência de que o período de “nojo” que aquele se deveria resguardar está muito longe do seu fim. Resumindo: que tem todo o direito, tem; que eticamente, ou melhor, moralmente é condenável, é a mais pura das verdades.
Chega um momento do ano em que é raro o dia em que não pensamos ou falamos de férias. Ou porque os dias começam a ser maiores, ganhando outra luminosidade e, pelo menos durante o dia, mais quentes ou porque a natureza inicia um novo ciclo, ou, ainda – este argumento é, talvez, o de maior peso –, porque o cansaço físico e mental se acentua e, por isso, são enviada ao cérebro mensagens contínuas de necessidade de lazer.
Com a nova claridade dia-a-dia a instalar-se, começamos a sentir saudade de partir em viagem, sobretudo para terras mais quentes, deixando em casa as preocupações, para só levar na bagagem a vontade de aproveitar momentos bem passados, seja qual for o destino, cruzando os céus ou os mares.
E se não faltam lugares plenos de interesse lá fora, Portugal dá-lhe inúmeros motivos para viajar cá dentro. Ah, se pudéssemos, não haviam de faltar bons hotéis para descansar, lugares onde os passeios seriam inolvidáveis, ou, então, convidar a família e os amigos para, numa destas tardes solarengas, fazer uma churrascada e conviver no jardim da casa! Que já apetece já, e que faria muito bem ao corpo e à alma, ninguém tem dúvidas.
Independentemente do local para onde se pretenda viajar, com o fim de desfrutar de verdadeiros paraísos plantados à beira-mar, ou para disparar os níveis de adrenalina com um programa pleno de aventura ou até mesmo devorar as iguarias culturais de uma grande metrópole fervilhante, o importante é a leveza de um bom descanso, não reservando, como é lógico, lugar para o stresse.
Agora, acordando e com os pés bem assentes na terra, vamos lá trabalhar. O dever chama-nos e Julho e Agosto ainda vêm longe.
Por muito pecadores que sejam os seus servidores, incluindo o Sumo Pontífice, pois é constituída por homens e, por isso, sujeitos a errar, a Igreja possui um potencial tremendo que não lhe advém apenas da elite cardinalícia, mas da acção do Espírito Santo.
As ideias que defende, a atitude que tem perante a vida e a criatividade que, apesar do seu pseudo-conservadorismo, denota perante os problemas de hoje, fazem dela um refúgio para todos.
Acreditando que a união faz a força, junto-me, apesar do pouco valor que em mim se encerra, ao novo Papa, de modo a que também possa contribuir para o encontrar de soluções para os males deste tempo.
Independentemente da sua nacionalidade e idade, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, o qual, a partir de agora, será designado por Francisco, será o meu Papa, o sucessor de Pedro. A Ele presto homenagem e humildemente afirmo a minha obediência, pois conforme disse o seu antecessor, Bento XVI, a “barca” não é do Primeiro Pastor, nem dos fiéis, por mais santos que sejam, mas sim de Cristo.
Como católico praticante, rezo de modo que Deus ilumine Francisco I, conhecedor como poucos dos males que a Cúria Romana padece, e, deste modo, possa ser o reformador que a Igreja Católica tanto necessita.
Poucos haverá que possam dizer o contrário e, por isso, pode-se afirmar que o sentimento generalizado de perda de direitos, que se está a instalar no dia-a-dia dos portugueses, ameaça evoluir do estado larvar para situações de conflito com consequências imprevisíveis. Aliás, já estivemos mais longe de isso efectivamente acontecer.
Pouco a pouco, as pessoas tomam consciência de que, para além da acentuada perda de emprego e da contracção salarial, outro insidioso tipo de emoções e sentimentos está a minar a auto-estima dos portugueses e a deteriorar a qualidade de necessidades sociais elementares, enquanto assistem diariamente ao gradual descalabro do sonho europeu da sociedade de lazer, qual el dorado, que lhes tinha sido prometido.
Não é por acaso que se tem vindo a solicitar, repetidamente e cada vez com maior insistência, a intervenção do Presidente da República, o qual entre a vontade de elevar a voz, dizendo publicamente o que realmente pensa, e estar calado, lá vai fazendo uns prefácios, em que nas entrelinhas todos tentam descortinar recado para A ou B, mas que, no essencial, pouco ou nada diz.
As probabilidades de resolução de uma crise como a que vivemos, a qual para além das graves consequências económicas, representa também a falência de muitos mitos e das crenças geradas no facilitismo das últimas décadas, residem, em última análise, na capacidade governativa de conjugar a urgência das reformas com a capacidade de dialogar com os governados. Ora, é aqui que a descrença, há uns tempos a esta parte, se começou a instalar. A maioria dos portugueses - e as sondagens demonstram-no inequivocamente, sem esquecer o valor das manifestações – está sem fé quanto ao sucesso terapêutico do processo em curso.
Assim, manda a verdade dizer que tal mal-estar exige uma política de informação que, para além de objectivamente realista, consiga o genuíno envolvimento da sociedade, o que está muito longe de acontecer.
Não tenho a certeza, mas acho que o S. Pedro, face à vacatura da sua Cadeira em Roma, anda com muitas outras preocupações e, nessa ordem de ideias, mantém-se um tanto – estou a ser benévolo – alheado do tempo com que nos presenteia. Será que não vê que este clima não se ajusta ao calendário, uma vez estarmos a meados de Março, i.e., a poucos dias do início da Primavera?
Sem querer ser pretensioso, mas para nos colocar em baixo já basta a austeridade que diariamente sentimos, isto para não falar daquela que, segundo, os especialistas, aí virá, mais gravosa, como é, perdoem-me o sarcasmo (!!!), conveniente. Assim, sabendo que, por muito que possamos reivindicar menor desemprego, subida de salários e melhores condições de vida, sem que tal não nos seja concedido, ao menos que o Sol brilhe e a luz seja outra.
Certo é que são raras as pessoas que não andam taciturnas, constrangidas, cansadas de ficar em casa, pois, com este tempo, nem a pé podem passear. Digo a pé, pois ao preço a que estão os combustíveis, é pouco provável usar o carro a não ser para casa-trabalho-casa. Exigimos sair de casa, não apenas para o essencial, ou seja trabalhar ou efectuar outras tarefas inadiáveis, mas também para passear e começar a usar roupas mais leves. Todavia, para isso é absolutamente necessário que o tempo tome outras feições. Aliás, a agricultura também o exige, pois, caso contrário, arriscamo-nos a apanhar batatas em Agosto e a colher milho, feijão e outros cereais em Outubro, isto se entretanto, não voltar a chover.
Queremos sair e encontrar hospitalidade e a simpatia das pessoas, acentuando a diferença entre o que existe de muito belo e o rame-rame do dia-a-dia. Ansiamos pelo conforto do espaço rural, menos enlameado e encharcado que agora, esperando vislumbrar os belos cenários naturais, onde pontuam pequenas lagoas, cascatas e outros elementos da natureza, sem que o frio nos emprenhe horas a fio. Almejamos passear à beira-mar, contemplando o grasnar das gaivotas e o espraiar das ondas, sem que para tal seja necessário estarmos equipados com vestuário polar.
Agora, apesar das nossas reclamações, uma coisa é certa: ainda bem que é Deus a comandar a meteorologia. Imagine-se o que seria se cada um de nós tivesse um papel decisivo sobre esta matéria! Um queria sol na sua eira e o vizinho protestava por não ter chuva no nabal. Há muito que nos teríamos assassinado uns aos outros. Por isso, por muito que possamos reclamar, se pensarmos bem, o Criador – para quem é crente, como é óbvio – fez e continua a fazer as coisas bem feitas.