O êxito! Essa palavra miraculosa que tanto atrai e que a tão poucos contempla. Quem desdenha de o conseguir? Quem não gosta das luzes da ribalta ou de ser o foco das atenções, nem que seja por quinze minutos apenas, tempo, aliás, segundo dizem todos temos direito?
A nossa apresentação estética, a forma como trabalhamos, o modo como lidamos com os outros, tudo aponta para o almejar do êxito. Todavia, dizem os especialistas, existem algumas regras básicas para tal se alcançar.
Para isso deve manter sempre um espírito aberto, sem, contudo, deixar de defender as suas ideias, dentro de um espírito de urbanidade, como é óbvio. Por outro lado, deve valorizar-se constantemente, ou seja, ler muito – jornais, revistas e livros -, escrever bastante, colocando as suas reflexões num caderninho ou cadernão, tanto faz, num blog, num jornal – então os regionais pelam-se por um bom artigo -, entre tantos outros, ver bom cinema e ver o menos televisão possível. Esta, como é do conhecimento geral, embrutece, para não dizer estupidifica, e atrofia a mente.
É, conforme escrevia o outro dia, igualmente conveniente recusar o conformismo pessoal, afectivo e profissional. Acomodar-se ao que se tem é ditar a sua própria sentença de derrota. É importante delimitar, para além do que habitualmente se faz, que outras coisas se sabe fazer, se está ou não disposto a mudar de área ou a alterar o modo como o faz. Pelo seu lado, a rede de contactos é algo em que o investimento financeiro é escasso ou nulo, mas é das nuances mais rentáveis, tanto a curto como a médio prazo.
Ser coerente é, todos o sabem, fundamental. Porém, a coerência não pode ser obsessiva, i.e., por vezes, temos que nos converter a novas ideias, pois, conforme diz o nosso bom povo, “só os burros é que não mudam”. Assim, é essencial ser realista e adaptar-se aos tempos, mas sem perder a identidade charneira - a matriz que nos foi legada -, sem esquecer a vivência, a qual, ao longo dos tempos, nos caldeou, cinzelou e, por fim, se é que alguma vez existe um fim antes da morte, nos burilou.
Por último, apesar do apelo à realidade do dia-a-dia, não deixe de sonhar, pois, como dizia o poeta, “o sonho comanda a vida”.