Há hoje em dia uma falta de charme flagrante. Uns porque acham que é démodé, outros porque nunca possuíram tal característica e os restantes porque se estão nas “tintas” para tudo e para todos.
O certo é que é absolutamente necessário investirmos no bom gosto - tanto no vestir, como no saber estar e ser -, no riso aberto e espontâneo, na palavra assertiva e no olhar mais ou menos enlevado. Em suma, apostarmos no charme, não como arma de prévios maus instintos e segundas intenções, mas como porta aberta ao sorriso e bem-estar geral.
A meta deverá ser sempre dar o que de melhor temos e captar o que de melhor os outros têm. Sim, porque ninguém é tão mau que nada tenha de bom para dar. Por isso, o valor da inteligência emocional, da vontade de aprender, da criatividade, da energia, do bom senso e da paixão pela vida devem ser aspectos a enaltecer.
Nada nos cativa mais que um belo sorriso e/ou piada dita em bom tom. Bem sei que é um lugar comum, mas não deixa de ser verdade e, nessa ordem de ideias, realçado. Numa altura em que a mudança é constante, é fundamental movimentarmo-nos em contextos que apontem não só para a estabilidade, mas garantam uma linha condutora de encantamento, sem descurar, como é óbvio, a responsabilidade.
Bem sei que nem sempre isso se consegue. Aliás, sou o primeiro a reconhecê-lo. As agruras da vida pessoal, familiar ou profissional, bem como a enorme recessão, por via desta maldita crise, a que todos, ou quase todos, estamos votados, enormemente contribuem para isso. Todavia, mercê de um esforço de cada um de nós a vida poderá tornar-se mais fácil. Conseguir manter o espírito limpo e arejado, assim como os níveis de envolvimento e energia pessoal, não sendo tarefa fácil, repito, também não é algo impossível.