Neste ano, que apenas tem dois dias, temos tomar em mãos um propósito muito firme: vencer a Alemanha, ou melhor Ângela Merkel. É importante para a nossa autoestima e, nesta perpectiva, marcante para a nossa confiança, para a economia e para muitos sectores sociais, incluindo a função pública.
É por isso que, devida à importância de tal intenção, devemos mobilizarmo-nos numa torrente de vitória, a qual dará alegria e gerará um ambiente positivo que se reflectirá em tudo ou em quase tudo.
Nesta ordem de ideias, reafirmo que temos de vencer a Alemanha, pois só assim a troika nos deixará em paz. Temos de vencer, mas sem complexos e muito menos com espírito de desforra. Razões não nos faltam e não exclusivamente financeiras. A principal razão para elegermos este objectivo como uma das nossas prioridades é a urgência que temos em levantar a moral e em gerar, parafraseando os nossos irmãos brasileiros, uma boa onda.
Recuso-me a diariamente continuar a ver aberturas dos telejornais que nos deixam deprimidos. No final de 2013, se assim o quisermos, temos hipóteses de ocupar as manchetes dos jornais, radiofónicos e televisivos incluídos, com uma notícia de encher o coração e de gerar um clima de genuína euforia capaz de fazer autênticos milagres.
Para isso há que trabalhar mais e, sobretudo, sermos mais produtivos. A poupança, mesmo para os poucos que não necessitam de a fazer, deve estar no centro das preocupações diárias, bem como o pouco dinheiro disponível deve ser aplicado parcimoniosamente e principalmente em sectores que criem empregos.
Ora, para tal, há que jogar com atletas de primeira linha e ter a coragem de deixar no banco ou, até, nem convocar determinados jogadores, os quais já deram provas mais que suficientes de autênticos perdulários, como sejam, de entre outros, Miguel Relvas, Alberto João Jardim, Luís Filipe Menezes e uma parte dos compagnons de route da actual direcção do PS, já que os alinhados nas equipas de PC e BE são de outro campeonato.
Ah, já agora, para além de vencer Ângela Merkel, é conveniente convencê-la de que esta crise, em que todos fomos apanhados, é europeia e não apenas de alguns países.